Passados quarenta anos, este grupo de amigos, digo bem, amigos, juntaram-se, em mais um convívio, desta feita, como já vem sendo hábito, aliás, com alguns familiares: esposas, filhos, netos e amigos, que deram mais brilho e acrescentaram mais alegria a esta festa. A festa da amizade. Amizade, este substantivo feminino, forjado na camaradagem em quadro de guerra, onde um homem se atirava para a frente do combate, sem hesitar um segundo, a fim de proteger o companheiro do lado, muitas vezes sem
saber de quem se tratava.
Esta camaradagem estabeleceu laços
tão fortes e inquebrantáveis entre nós, que quando nos vemos, por mais anos que
possamos ter estado afastados, quando nos reencontramos é como se nos tivéssemos
visto ontem, ou hoje de manhã. É uma amizade pura, limpa, cristalina.
Dir-me-ão: igual a tantas outras. É verdade. Porém, esta é diferente de todas
as outras.
Agrupámo-nos na estação de Aveiro e
de seguida embarcámos nos moliceiros que, docemente, deslisaram pelas águas da
ria e, desta forma tão aprazível, o timoneiro nos foi guiando e contando um
pouco da história desta cidade maravilhosa, a que muitos chamam a Veneza de Portugal,
e para nos abrir o apetite ofereceu-nos os tradicionais ovos-moles regados com
vinho do porto – outra maravilha do nosso país. Por fim, atracámos junto da
vetusta Fábrica Jerónimo Pereira de Campos, hoje, O Centro Cultural e de
Congressos, do Município, onde almoçámos.
Como habitualmente homenageámos os
camaradas que deste mundo se libertaram e com este singelo ato se iniciou o
repasto.
Um forte abraço à Comissão aveirense
que tão bem nos recebeu:
Silva, Fernando
Neves, Carlos
Santos, Alexandrino
Costa, Carlos
Santos, Alberto
Bem-haja camaradas.
Nota: o próximo convívio ficou agendado para último sábado, 27 de junho de 2015, na região de Coimbra. Será nosso anfitrião o ex-furriel Gomes.