sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

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AQUELE ABRAÇO

sábado, 18 de janeiro de 2020

SEMPRE SURPREENDENTEMENTE BELA, A NATUREZA



O mote, a apanha da azeitona; o palco, Vale de Carvalho/Travanca; o cenário, a Serra de Bornes em Trás-os-Montes; em cena, a Natureza sempre diferente, sempre bela. A mudança das estações do ano ou a simples alteração do tempo meteorológico e ela transforma-se completamente. Mas sempre surpreendentemente bela.







"De verde foi o meu nascimento,
Mas de Luto me vesti,
Para dar luz ao Mundo,
Mil tormentos padeci..."







Apenas uma noite mais fria,
transforma um mero arbusto seco,
numa pérola de cristais.













Um ninho da  primavera esquecido,
enredado em cristais de gelo.








Singelas sementes do funcho/fiolho cristalizadas!

sábado, 11 de janeiro de 2020

PENSAMENTO EXTRAÍDO DAS 'CARTAS/AEROGRAMAS DA GUERRA COLONIAL'



homenageados? A historiadora Joana Pontes foi ler mais de 40 mil cartas da época e não tem dúvidas que sim.

A historiadora Joana Pontes defende ser "devida uma homenagem” aos militares mobilizados, que prestaram serviço na Guerra Colonial (1961-1974), a propósito do seu novo livro, “Sinais de Vida", publicado no final de novembro pela editora Tinta-da-China a partir da consulta de 44.000 cartas e/ou aerogramas trocados entre 1961 e 1974.
João Cabral Pinto
“Deve haver, da parte das pessoas de hoje, uma homenagem a esses militares, e perceber estas pessoas no seu contexto”, disse à agência Lusa Joana Pontes, depois da publicação do seu livro “Sinais de Vida", em que reflete sobre a correspondência trocada entre os milhares de militares destacados nos países então sob administração portuguesa, e os seus familiares e amigos, de 1961, quando a guerra eclodiu em Angola, e 1974, ano em que se deu a revolução que depôs a ditadura que sustentava o conflito.
“Há que perceber as pessoas neste contexto. E era obrigatório ir [para a guerra]. E a maioria foi em condições muito complicadas”, argumentou Joana Pontes.
“Além desse reconhecimento, em falta, há que dar a conhecer o que foi a circunstância da Guerra [Colonial] e a maneira como, de facto, as pessoas não percebiam muito bem o seu império”, disse a historiadora à Lusa.
“Sinais de Vida” resulta da tese de doutoramento em História de Joana Pontes, sobre a correspondência dos militares em contexto bélico, o que reconheceu “ser uma área de investigação muito pouco habitual em Portugal, mas que permite estar mais perto das pessoas comuns”.
A historiadora acrescentou que este tipo de universo de análise “é muito comum em França, Inglaterra, Espanha ou Áustria, sobre contextos como as duas guerras mundiais ou até a Guerra Civil espanhola (1936-1939)”.
“Foi gente que passou ali um muito, muito mau bocado"
Sobre as gerações que foram mobilizadas para a Guerra Colonial, Joana Pontes afirmou: “Foi gente que passou ali um muito, muito mau bocado, e lamento muito que não se preste a estas pessoas uma homenagem”.
“Lamento que não se preste a devida atenção e se reconheça que de facto eles foram servir a Pátria, e isso foi um ato de enorme generosidade; mas como a guerra foi considerada ilegítima depois do 25 de Abril de 1974, caiu-se tudo numa espécie de limbo, em que se prefere não falar nisso”, disse a historiadora, que considerou que “há agora uma oportunidade” de reparação.
“Eu acho que estes militares, os que foram mobilizados, sentem muito não serem reconhecidos, que não se reconheça o sacrifício. E, ao ler as cartas, acho se percebe o que foi a vida dessas pessoas, com 20 anos, separadas das famílias, durante pelo menos dois anos, lá longe, muito longe, num inferno”, argumentou, em declarações à Lusa.
Sobre a investigação, o ex-diretor do Arquivo Histórico Militar, Aniceto Afonso, escreve no prefácio que apresenta “um invulgar sentido de responsabilidade, num exaustivo e rigoroso planeamento”. Estimando tratar-se de um “contributo para a compreensão da Guerra Colonial que será indispensável conhecer e consultar”.
Joana Pontes, por seu lado, disse à Lusa que este seu trabalho “dá a  consciência do que foi o Estado Novo: uma vida sem perspetiva, uma vida muito, muito difícil e dura, das condições em que viviam".
"Quando a agricultura não dava, era um ano mau, havia fome. Nos bairros periféricos no Porto, havia umas casas onde chovia e as mulheres ainda iam lavar os carregos, como diziam, de roupas no rio”, recorda a historiadora.
"Um imenso drama coletivo”
Aniceto Afonso, no prefácio, diz que a obsessão de um pequeno país querer manter, pela via da guerra, extensos territórios além-mar, “acabou por envolver o povo português num imenso drama coletivo”.
“É tudo muito triste porque são jovens, com 20 anos, eles e suas noivas”, sublinhou por seu lado a investigadora, acrescentando: “Às vezes digo isso aos meus alunos, imaginem-se com 20 anos, lá longe, sem ninguém, foi terrível”.
Nas transcrições de algumas das missivas, na obra, são notórios os erros de ortografia, o que corresponde a uma “muito fraca alfabetização”, que era comum a quem era recrutado e aos que ficavam. O que constituiu "uma dificuldade à investigação".
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A autora consultou 44.000 cartas e/ou aerogramas, estimando-se a correspondência deste tipo, entre 1961 e 1974, em 21.000 toneladas.
Além da família e amigos, os militares correspondiam-se com as “madrinhas de guerra”, jovens que lhes escreviam como um meio de apoio moral e psicológico. Algumas, como é referido no livro, tornavam-se namoradas e futuras mulheres.
A investigadora atesta ainda que “não havia uma politização clara": "As pessoas não sabiam exatamente o que se estava a passar no contexto internacional, porque é que a descolonização teria de existir. Este tipo de considerações não estava presente na mente das pessoas”.
A investigação destas missivas, colocando na narrativa histórica não apenas as élites sociais, políticas, militares ou religiosas, mas também "as pessoas comuns e a sua vivência dos factos", permite "compreender a política num sentido mais lato”, ao mostrar “como estas pessoas estiveram a viver esta missão e em que condições”.
O ex-diretor do Arquivo Histórico Militar, que assina o prefácio, afirma, por seu turno, que “a intransigência do regime português e a sua opção pelo conflito militar como solução para a questão colonial teve consequências extensas e cada vez mais profundas na sociedade portuguesa”.
Segundo números avançados nesta investigação, o recrutamento de mancebos em Portugal rondou os 600.000, tendo 300.00 combatido em Angola, 135.00 na Guiné-Bissau e 150.000 em Moçambique.
As cartas são “uma forma de diário”. E se só alguns escreveram diários, contou a historiadora, “certo é que todos escreveram cartas”, dando conta do seu estado de espírito, e das condições em que combatiam.

MadreMedia / Lusa
5 dez 2019 09:59
Atualidade
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Nota: por acharmos que este artigo, publicado no SAPO24, no dia 05/12/2019, é do interesse de todos nós, ex-combatentes, atrevemo-nos a copiá-lo, incluindo a imagem, para o blog.

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