domingo, 8 de dezembro de 2019

UM SANTO E FELIZ NATAL PARA TODOS


Este ano o nosso pensamento está com os refugiados (deslocados das guerras) e com quem os ajuda, como por exemplo, os nossos militares (Forças Armadas e GNR) que, ao serviço da NATO, UE e ONU se distribuem por África, América, Ásia e Europa ao serviço da paz (19 países).
Que o vosso sofrimento, sacrifício e esforço sejam recompensados e em breve possam regressar às vossas terras e familiares.
Bem hajam
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A HOLY AND MERRY CHRISTMAS FOR ALL
This year our thoughts are with the refugees (displaced from the wars) and with those who help them, such as our military (Armed Forces and GNR) who, in the service of NATO, EU and UN are distributed to Africa, America, Asia and Europe in the service of peace (19 countries).
May your suffering, sacrifice and effort be rewarded and may soon return to your lands and family.
Alright

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

VIAGEM AO BERÇO / OPINIÃO


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DE COMBOIO ATÉ AO BERÇO
Todos nós, alguma vez durante a vida, sentimos um forte desejo de voltar a visitar o berço, é inevitável. Connosco não foi diferente e, um dia destes, metemo-nos no comboio, intercidades, e assentámos arraiais na invicta. Cidade maravilhosa. E quem nos haveria de dizer, há apenas alguns seis anos, que nós iríamos alugar um T1 no Bairro da Sé, ali bem a meio, entre a estação de São Bento e a Ribeira, na rua Mouzinho da Silveira! Tudo aquilo era velho, decrépito, malcheiroso até; e agora meus amigos? Agora, tudo novinho, melhor dito, tudo reconstruído, e melhor ainda, respeitando a traça primitiva, uma maravilha que só visto! Parabéns, tripeiros, podeis pedir meças a quem quer que seja, cá no burgo português ou, até mesmo, no estrangeiro, carago. Mas, deste Porto, todo lindo, todo bonito, lavado e arejado, não falo hoje - cidade encantadora que aproveitámos para visitar pela enésima vez, mais coisa menos coisa.
Depois de um sono retemperador, no dia seguinte, pelas dez hormas da matina, dirigimo-nos à vetusta estação de São Bento: linda, com todos aqueles painéis de azulejos que nos contam passagens da história do Norte do nosso país; 20,000 azulejos de pôr os olhos em bico aos estrangeiros que aos magotes a enchem e, é vê-los, de telemóvel em punho uns, muitos, e outros, com as objetivas em riste, num frenesim, a disparar para cima e para baixo que é um vem se te avias.
Tínhamo-nos informado, antecipadamente, que a linha percorre o Vale do Ave, o que nos deixou encantados e de imaginação aos pulos de quão lindas haveriam de ser as paisagens deste vale à beira do rio que lhe deu o nome e se quedará em Guimarães.
Da paisagem falaremos mais lá para a frente pois que agora o importante é procurarmos a linha onde o trem nos aguarda e não espera: carruagem desafogada, limpa, com boas e amplas janelas e confortável. Os bancos, bom, o forro a necessitar de ser substituído, pois os encostos, na zona da coluna dorsal do pagante, já estão bem puídos a deixarem perceber as marcas das vértebras, e os assentos? Oh! Esses, coitados, de tão roçados que estão registam bem as marcas dos ditos cujos; mas, enfim, é um pormenor de somenos. As composições possuem umas belíssimas placas informativas (modernices da tecnologia de hoje) e, olhem lá, para além de nos irem dando informação sobre as paragens próximas, até nos indicam o sentido da saída! «Pouca coisa», ditam vossemecês, pois será, mas olhem: para lisboetas andantes nos suburbanos da capital, não estão habituados a isto não, não, mesmo; e reparámos até que a linha é de boa qualidade, pois já não se ouve o: "pouca-terra, pouca-terra, pouca-terra" (património característico da nossa vetusta imaginação, no que aos comboios respeita, claro está), verdade; o comboio até desliza sereno e silencioso pelos carris (em algumas partes do percurso), tomem lá, para não andarem sempre a falar mal da CP.
Os olhos percorriam a paisagem num frenesim estonteante, motivado pelo movimento sincronizado do que fica para trás, próprio de quem viaja neste meio de transporte. Rapidamente passámos os arrabaldes da cidade e entrámos na periferia, os nomes das várias estações debitadas pela fita magnética (suponho?), vão fazendo avivar a nossa memória, cito apenas as que nos trazem à tona lembranças, outras: Campanhã, Contumil, Rio Tinto, Águas Santas, Ermesinde, Trofa, Lousado (que de início confundi com Lousada, esta nós conhecíamos, o feminino, não o masculino.), Santo Tirso, Vila das Aves, Lordelo, Vizela e, por fim, Guimarães.

Apeados do comboio, atravessámos a sala da estação onde se encontram as respetivas bilheteiras, bar e casas de banho (este luxo o comboio não tinha), onde, aliás, rapidamente se forma uma fila de senhoras, a aguardarem a sua vez para aliviarem a bexiga, com os homens tudo isto é mais fácil, apesar de muitos sentirem a mesma necessidade, não há bicha; porém, a avaliar pela conversa das senhoras e da constatação por nós feita, quer as instalações sanitárias masculinas, quer as femininas, no que à higiene diz respeito, deixam muito a desejar: um cheiro nauseabundo a urina impregnada nos urinóis, sanitas e chão que facilmente se conclui ser de há muito e não coisa momentânea. Isto é inexplicável e inadmissível; e olhem, nem vamos falar do que enxergámos nas casas de banho dos comboios intercidades (Lisboa - Porto e vice-versa), para que o texto não fique, todo ele, a cheirar mal.  A CP- Caminhos de Ferro de Portugal - tem um longo caminho a percorrer até atingir o nível das suas congéneres europeias, uma vergonha.

E, para desanuviar, é agora a altura de falarmos da paisagem, mas não o vou fazer. «Porquê?», perguntam com muita razão admirados, pois houvéramos prometido! Não por preguiça, falta de imaginação ou má vontade, não. Nada disso. Simplesmente porque preferimos guardar as imagens, das ‘paisagens do Vale do Ave’, produzidas pelo nosso imaginário, do que aquilo que a realidade nos mostrou. Mesmo assim, e por dever de consciência, sempre desabafamos que há muitas casas mal implantadas no terreno, fábricas abandonadas, campos por amanhar e o próprio rio Ave maltratado. Há muito trabalho a ser feito. Ah, e ainda, atenção há quantidade de amianto que por ali existe.

Por fim, saídos da Estação (os forasteiros) e chegados à via pública, olham para a esquerda, para a direita e perguntam-se: qual será o caminho para o centro da cidade? À falta de informação toponímica, o turista leva o indicador à boca molha-o com um pouco de saliva e coloca o braço no ar à procura de indicação, tipo cataventos, topam? Nós decidimos ir pela esquerda, hábitos adquiridos… é que agora já somos velhos para mudarmos, tão velhos que a CP até nos faz ótimos descontos (50%), por sermos seniores, bem-bom; por fim lá vemos um letreiro informativo a dizer que o centro é no sentido inverso! «Oh, não, assim não vale, porra», vociferamos iradamente. «Olha que não» - diz a minha mulher - «essa indicação é para o trânsito, nós temos ali outra, mais pequena e um pouco oculta, meio tapada pelos ramos da árvore, é verdade, mas está lá» - manda-nos voltar à direita (persistente a tal ‘direita’, não? Ah, e consegue levara sua avante!), e, assim, debaixo de um aguaceiro fortíssimo, lá percorremos toda a Av. D. Afonso Henriques e entrámos no Largo do Toural, avistando em frente um mural onde se lê: «AQUI NASCEU PORTUGAL» - o berço - (foi nesta terra que no ano de 1109, nasceu D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal), e, no ar, um belíssimo som ecoava, saído dos sinos do campanário da Igreja de São Pedro (que mais se assemelhava a um concerto), cuja melodia a minha ignorância musical não permitiu identificar, sinalizava o meio-dia. Todo o Largo é lindíssimo, as casas, primorosamente restauradas, remontam à época do iluminismo; uma fonte artística, mais moderna, contudo, muito bem enquadrada na zona e, claro, a Basílica de São Pedro, ao estilo neoclássico, do ano 1737, altura em que começou a ser erguida, tendo a sua construção durado 137 anos, e ainda hoje lhe falta a segunda torre sineira - bem ao jeitinho português, não é? Não podemos deixar de dar uma nota de contentamento por encontrar, neste Largo, uma casa que vende todo o tipo de ferragens antigas, que nos pareceu serem fabricadas, ainda hoje, na forja a martelo e fogo, coisa raríssima.

Não querendo fazer comentários de todos os locais visitados, porque qualquer roteiro indica tudo o que há para visitar e fazem-no melhor do que nós; queremos, isso sim, dizer do nosso agrado por termos tido o privilégio de visitar uma cidade limpa, bem tratada, acolhedora (este aconchego sente-se até na comida e na forma como no-la servem), onde se pode passear sem stress e, onde, as casas, monumentos e pedras dos pavimentos brotam história por todos os poros.

Bem-haja a todos: homens, mulheres e autoridades vimaranenses que se esforçam por manterem a cidade tão bem preservada sem a desvirtuarem. Digna de uma visita de todos os portugueses e não só. Por tudo isto ficamos com vontade de voltar.
 Imagem: Internet 


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