terça-feira, 30 de outubro de 2018

MUSICA DE MESTRE - E QUE MESTRE… EM 433 PALAVRAS!

…"Poucos meses depois de terminar o meu mandato, ganhei a convicção de que o primeiro-ministro, com a cumplicidade do PCP e do BE, era mestre em gerir a conjuntura política, em capitalizar a aparência de 'paz social' e em empurrar para a frente os problemas de fundo da economia portuguesa: a não ser que algo de muito extraordinário acontecesse, o seu Governo completaria a legislatura".

A ser assim – e quem somos nós para pôr em causa tão ilustre sábio –, há que reconhecer que o atual Primeiro-ministro aprendeu, e bem, com o narrador ilustríssimo. Um verdadeiro mestre na arte de ganhar eleições. E que mestre…

Quais foram as reformas de fundo que o comentador, enquanto Primeiro-ministro – 12 anos, fez para livrar Portugal de eventuais futuras crises económicas? Terá sido a troca da nossa agricultura e a frota pesqueira por um punhado de euros? Ou o aumento exponencial aos quadros técnicos da função publica? Ou ainda, permitir que os funcionários do Estado comprassem anos para se aposentarem mais cedo? E por aí fora…

Já que Sua Excelência com estes textos – mostra que gosta de escrever e isso é bom –, puxa também pela nossa língua, aqui vai: nota-se na sua escrita um sabor amargo, quezilento, com laivos de rancor (sempre contra os que não são da sua cor política), dá ideia de estar mal com a vida – política, pensamos nós –, mas sem razão, já que sempre disse não ser político, mas fez politica ao mais alto nível durante 24 anos! Não parece que a vida lhe tenha corrido mal? Não se entende, pois, este azedume!

Ah! Outra ideia que passa dos seus amargurados textos é que soube sempre o que aí viria! Sim, é verdade. Mas sempre à posterior. É! E, isto, o Senhor esquece-se de acrescentar. Ser vidente depois das coisas acontecerem, já a nossa avozinha o era e nós herdámos-lhe o feito; e o que os seus escritos mostram, é que V. Ex.ª também o terá herdado de alguém? Nisto até coincidimos.
Bom, e agora só nos resta ficar a aguardar os próximos capítulos do seu azedume. Contra quem? Logo se saberá, quando? "Nos outros dias e às quintas também".

PS: A propósito destas mordiscas, e como não estamos à altura de dar lições de sentido de Estado a tão alta individualidade, socorro-me das palavras de Sua Excelência o Presidente da República que disse: “Não comento, não comento, não comento. Não comento por uma questão de princípio. Não comento agora e não comentarei até ao fim da minha vida ex-primeiros-ministros, ex-Presidentes, futuros Presidentes, futuros primeiros-ministros”.
Imagem: Internet



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