Antes do que
vou escrever, devo esclarecer que fui trabalhador por conta de outrem -
Funcionário Público - sempre sindicalizado e com as cotas em dia até me
aposentar, porém, nunca me deixei manipular.
De repente,
todos fazem GREVE, GREVES E MAIS GREVES!
Porquê
agora? Porque não há dois, três anos?
Na maior
parte delas porque os comunistas não brincam em serviço. Eles não deixam a
ideologia ir de férias. Não. Não puderam acabar com a coligação quando queriam
- antes da aprovação do último Orçamento desta legislatura, para poderem entrar
em campanha eleitoral sem governo e a culparem disso António Costa/Centeno.
Mas, porque os eleitores não os deixaram fazer isso - as sondagens demonstraram-no
-, culpá-los-iam por essa irresponsabilidade e, como eles não são tolinhos, fizeram
a leitura correta da situação e pensaram noutra solução.
E porque nunca se distraem, os seus ‘generais’ sindicalistas atacam em todas as frentes
e, aí está o resultado: greves e mais greves, greves por todos os lados e em
todas a frentes. Contestação Social generalizada, induzida pelos sindicatos em
todos os setores da Função Pública/Estado: Juízes/Magistrados/Oficiais de Justiça,
Saúde, Professores, Transportes públicos, Polícias e, tudo isto, depois de
terem visto os seus rendimentos repostos (aumentados), - pós TROIKA - há bem
pouco tempo! Por isso não faz sentido esta orgia protestativa! Só a persuasão
ideológica, utilizada pelos sindicalistas Marxistas, sobre as classes
trabalhadoras, leva a uma situação destas. Greves do tipo ‘canibais -
eucaliptos’ que engolem e secam tudo à sua volta. Veja-se o caso dos
Estivadores do Porto de Setúbale
o que está a acontecer à Auto Europa e empresas que existem por causa da desta;
quanto ao Enfermeiros é um caso à parte (greves pagas por terceiros! O que é
isto?).
Mas que os
comunistas e o BE o façam, é normal, está de acordo com a sua essência. Agora,
o que é verdadeiramente espantoso e surpreendente é vermos os partidos de
direita, ou ditos de direita, entrarem, irresponsavelmente, nesta onda
Marxista, aplaudirem e, até, incentivarem os grevistas a irem mais longe, com o
objetivo último de poderem vir a governar, esquecendo-se, contudo que, mais
cedo ou mais tarde, vão ter de enfrentar estes problemas, com a agravante de, nessa
altura, serem mais graves e, de terem, eles, irresponsavelmente ajudado os
comunistas a subirem mais um degrau na sua luta proletária para a obtenção do
poder e, com isso, a depauperarem a economia do país e, por último, a fazerem
com que toda esta onda reivindicativa se volte contra as pessoas
contestatárias, mais ou menos (in)conscientes e, algumas, (ir)responsáveis.
Apesar de tudo, porém, sendo
as greves justas, pelo direito legítimo que os trabalhadores têm de aspirarem a mais
e terem melhores condições de vida, elas nem sempre podem ser atendidas, face à
necessidade de quem, de direito e legitimamente, também, tem a obrigação de governar o
dinheiro de todos nós sem demagogias e populismos, evitando que caiamos outra
vez na banca rota. Caramba, já lá vão três! Não podemos ter uma memória tão
curta que já nos tenhamos esquecido da dor e sacrifícios por que passámos.
E, porque
estamos na quadra natalícia, votos para que, por causa de alguns, poucos,
gananciosos, nada de tremendamente irremediável aconteça.