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Há certos períodos do tempo em que as coisas parecem estar ao contrário, sim, de cabeça para baixo e de pernas para o ar: a verdade é mentira e a mentira verdade; o bem é o mal e o mal o bem; quem atira a primeira pedra é vitima e quem se defende é agressor; o justo vira injusto e este o seu contrário, enfim, e por aí fora.
Vem isto a propósito de alguns desconchavos que estão a ocorrer, nestes dias ensolarados e quentes, no nosso cantinho lusitano.
O líder do PSD, Rui Rio, antes e depois de ter sido eleito, tem sido sistemática e violentamente atacado, não pelos outros partidos, o que seria normal, mas pelos seus próprios pares. Estes têm-se comportado como verdadeiros vilões a tentar fazerem-lhe a 'folha'. Mas, agora que o Líder do partido - PSD - literalmente 'partido' diga-se, tem a oportunidade de escolher a equipa que, com ele, irão fazer oposição ao futuro governo - se não forem eles a formar governo -, o batalhão do bota-abaixo passa através dos media e, até, com a ajuda destes, para a opinião pública que é o líder o vilão. O que é que está mal nesta equação? Não será, pois, justo que a pessoa que tem estado debaixo de um combate político sem tréguas - oposição cerrada -, facas-longas, traições e não sei que mais, não tenha o direito de limpar esta gente e colocar no seu lugar outros que com ele colaborem lealmente? Ou somos nós que estamos a ver o filme ao contrário? Ou fará isto parte dos tempos? (“Traição e rebelião - haverá divisões e lutas até dentro de famílias” Mateus, 24 - estão lembrados?).
Em época de incêndios, aconselha o bom senso que se fale pouco e atue mais. Mas, não será justo que uma pessoa, mesmo sendo o Ministro I, tendo sido atacado, para não dizer difamado, venha a colação dizer o óbvio - que no que respeita à Proteção Civil, a primeira linha de defesa pertence, conforme a Lei, às Autarquias - limpeza de caminhos, abertura de aceiros, força de combate a incêndios, ativação da Proteção Civil Local, se for caso disso, e só depois da avaliação da gravidade e da impossibilidade de fazer face à ocorrência o Líder desta força, o autarca, solicita a intervenção da autoridade superior, regional ou distrital e, esta, por sua vez, se entender que não pode, por si, fazer face ao problema, solicita apoio nacional. Bom, é que há uma hierarquia e quem está na base são os autarcas, é assim a Lei. Por tudo isto nos parece - embora o governante deva ter continência verbal - ser, no entanto, compreensível que venha a terreiro - usando os mesmos meios do seu atacante - repor a verdade dos factos.
Também não entendemos a razão pela qual os jornaleiros (alguns, muitos, demais) e comentadores de pantalha, andem numa azáfama a tentar convencer-nos que o direito não é o ‘direito’, mas sim o avesso.
Só a opção ideológica justifica este frenesim mediático, feito por profissionais da ‘política’ que, ao invés de serem mediadores da palavra, fazedores da opinião pública, com isenção e rigor, JORNALISTAS, andem neste devaneio.
O descrédito que hoje o povo tem pelos políticos, será o mesmo, muito em breve, que terão pelos falsos anunciadores, aliás, já hoje se verifica este fenómeno, pois que os media estão em falência ou em vias disso. E a principal razão para o facto é o descrédito. Cada vez mais, as pessoas não compram jornais.
E no que aos fogos diz respeito, há ainda outro facto que nos admira bastante: não seria melhor atacar e prender os incendiários, ao invés de se andar a atacar os governantes, os autarcas e, o que é pior, os homens: bombeiros, militares da GNR e do Exército que tão abnegadamente dão tudo, às vezes até as suas vidas para nos defenderem e defenderem os nossos bens, das catástrofes que nos flagelam?
Atenção, nós povo, não nos deixemos enganar pelos falsos arautos. Sejamos resilientes e meditemos antes de agir. Mas não fiquemos indiferentes, ajamos sempre com discernimento.
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