Somos
portugueses e daqueles que sentem muito orgulho em o ser. Talvez por isso nos
sintamos mal ao ouvirmos tanta maledicência que graça neste nosso país.
Vivemos,
felizmente, em democracia e é, pois, natural que tenhamos opiniões
diferentes e as manifestemos sem constrangimentos nem censura.
Já nos parece, todavia, estranho que a generalidade dos nossos media erga autênticas barragens de mal dizer a puxarem para baixo, a denegrirem o que fazemos (às vezes até mentindo), deixando transparecer um certo asco em sermos portugueses. Estamos a ser exagerados, talvez, mas não vamos mais longe, atentemos, olhem o último acontecimento que se vive atualmente, a VACINAÇÃO: “está a correr mal, somos dos países mais atrasados na administração das vacinas, há corrupção por todo o lado, os líderes responsáveis pela vacinação devem ser demitidos, ah, e a ministra, mas mais importante ainda, não se esqueçam desse tal Costa que está a fazer tudo mal” …
A continuarmos assim, um destes dias, não há quem queira
ocupar nenhum destes cargos, haja paciência gente.
Porque carga
d’água se tem que ver o copo sempre vazio? Ao menos meio cheio, não? Dá-nos a
impressão que a comunicação social quer ser ela a indicar os governantes, ou
melhor, substituírem os futuros governos!
Sem prejuízo
da livre crítica, não seria mais vantajoso puxar o país para cima, induzindo na
sociedade autoestima, aumentando nas pessoas o que de melhor tem o ser humano,
levando-nos a fazer mais e melhor, a suplantarmo-nos?
A nosso ver
há tanto que temos feito, mesmo no contexto desta pandemia, bem e até muito
bem. Não é necessário falar no trabalho hercúleo dos profissionais de saúde,
bombeiros e autoridades de segurança, porque quem não quiser ver isto, é porque
tem um gravíssimo problema de saúde; continuando a falar das vacinas: até este
momento, foram inoculadas todas as vacinas que chegaram ao país, todas, é um
facto (apesar das bocas e dos penetras), isto é um feito admirável; o trabalho
social voluntário feito pelas associações e até o anónimo que não pode ser
relegado, no apoio às pessoas mais fragilizadas; o esforço que o país tem feito
no sentido de equipar as instituições hospitalares e de apoio, com pessoal e
equipamento para as múltiplas funções necessárias para o socorro dos milhares
de pessoas que acorrem diariamente aos hospitais; o apoio aos vários setores da
sociedade; e, não devemos, não podemos esquecer a primeira vaga, o tal
“milagre” português, que os estrangeiros viram e nós sentimos; quanto à
terceira vaga, ela ainda não acabou mas, a seu tempo, a história dirá o que
aconteceu.
Bom,
podíamos ter feito mais e melhor, poderíamos? Talvez? É sempre possível fazer
mais, mas atenção: os recursos humanos e materiais são sempre finitos, também.
Terminamos
como começámos: temos muito orgulho em sermos portugueses e não temos medo das
comparações, até porque elas servem para nos orgulharmos ainda mais e
enriquecer-nos enquanto pessoas e nação.
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