L I B E R D A D E
Foto da minha coleção privada |
Passados 50 anos da Revolução dos Cravos, olhando para trás
e pensando o que vivemos naquele período, concluímos que por lá andámos - Angola, Moçambique e Guiné - nos
melhores anos da nossa juventude, resultado de um regime –
salazarista/marcelista – com uma política cega, surda e muda, incapaz de
estudar o passado recente dos vizinhos colonialistas, avaliar o presente e
enxergar o futuro; mandando às ortigas o nosso orgulho, a nossa honra, os
nossos mortos e os nossos estropiados.
Como resultado deste desastre, o MFA irrompe, no 25 de Abril,
impôs-se e resgatou-nos o orgulho de sermos portugueses e a honra de
pertencermos às Forças Armadas que acabaram com uma guerra de 13 anos, injusta para
os dois lados da contenda, e por incrível que pareça, com o advento deste
desígnio, ganhámos todos: os nossos rivais por estarem do lado da
razão e nós porque acertámos o paço com o tempo e, deste modo, os povos africanos e os da metrópole acabaram
por se encontrar no caminho certo da História.
VIVA OS CAPITÃES DE ABRIL/MFA
VIVA A DEMOCRACIA
VIVA O 25 DE ABRIL
CURIOSIDADES DOS MILITARES NOS REGIMES POLÍTICOS EM PORTUGAL
A importância dos militares nos grandes e pequenos acontecimentos da vida política portuguesa foi sempre grande e decisiva.
Os militares foram e são o suporte de todos os regimes vigentes desde a fundação da nacionalidade – capitaneados por D. Afonso Henriques em 1143, como sabemos – e assim foi durante toda a monarquia.
O 31 de janeiro de 1891 no Porto, que ficou conhecido pela revolta dos sargentos, foi o prenúncio da implantação da República em 1910, iniciando-se com este episódio a 1ª República que terminou com a Revolução de 1926 e durou até 1933 – conhecida pela ditadura militar – e, a partir daqui, o apoio dado durante todo o consulado ao Estado Novo – salazarista/marcelista – tendo alcançando o seu ápice na guerra colonial e culminando com o 25 de Abril, do ditoso ano de 1974, levado a cabo pelos Capitães de Abril, com a adesão do povo o mesmo que, com a exceção dos que lá não estiveram, dois meses antes, tinham ovacionado o Presidente do Conselho de Ministros, Marcelo Caetano, enchendo o Terreiro do Paço (…); e até na vacinação em massa da pátria contra a COVID 19, lá teve de se chamar à frente da ‘batalha’ um Almirante que, diga-se, deu conta da incumbência com distinção.
A.M.
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