A Europa democrática, livre, desenvolvida e próspera tem no
seu centro um enorme elefante branco que tem evitado encarar de frente. Hoje,
essa postura já não é possível. É tempo de enfrentar a realidade, agir com
determinação e garantir o seu próprio destino.
Os Estados Unidos já não são o que eram e essa mudança
ocorreu democraticamente. Caminham rapidamente para uma autocracia, e o seu
líder, que regressa ao poder, já insinuou querer prolongar o seu domínio: “Não
tenho a certeza de que não possa fazer mais um mandato!”. Além disso, manifesta,
alegadamente, ambições expansionistas que vão além das suas fronteiras.
A China autocrática cresce a um ritmo impressionante em
todas as frentes e, tal como os impérios do passado, procura expandir-se, tendo
Taiwan como um dos seus principais alvos.
A Rússia, por sua vez, mantém a sua visão imperialista,
determinada a anexar territórios vizinhos, como a Ucrânia, e quem sabe até onde
mais pretende avançar.
Diante deste novo panorama geoestratégico global, fica claro
que o passado não pode servir de referência para os desafios do presente. A
realidade mudou, e a Europa precisa de se adaptar rapidamente, redefinindo o
seu papel no mundo e os seus objetivos estratégicos.
Para garantir um futuro seguro e estável, é essencial agir
com inteligência e determinação. Alguns pontos fundamentais emergem como
prioridades inadiáveis:
- A
federação da Europa – Apenas unidos poderemos competir e dialogar de
igual para igual com as grandes potências.
- Investimento
estratégico – O Relatório do Senhor Draghi deve servir de base para
uma abordagem séria sobre a defesa, a competitividade tecnológica, a
inteligência artificial e a qualificação dos técnicos europeus.
Só com coragem, determinação e ambição poderemos garantir a
autonomia da Europa e construir um futuro harmonioso e seguro.
Imagem: Internet
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