quarta-feira, 18 de julho de 2018

O QUE O POVO NÃO QUER!!!

Imagem da Internet
Ainda hoje me espanto, não sei porquê, mas... sou assim, ao ouvir por aí gente deste país afirmar que aforrar algum dinheiro para eventuais percalços não faz sentido! Que devemos gastar, agora, porque os juros estão baixos! Se isto fosse dito por um qualquer zé ninguém, enfim, mas não, são pessoas 'inteligentes' e com responsabilidades na sociedade. É de bradar aos céus! Perdoem-me a pessoalização, mas não resisto, mais uma vez, a recorrer aos ensinamentos de minha mãe, que me dizia: "quando ganhamos dez, só podemos gastar nove, porque nunca sabemos o dia de amanhã"; e mais não digo porque quem lê não é estúpido.

Andam bem, o Primeiro Ministro e o Ministro das finanças, quando, avisados, dizem não querer que o país volte ao passado, e que é necessário aforrar algum dinheiro para momentos de crise, pois só assim nos precaveremos de outro desastre.

Há, também, que relevar a capacidade do ministro Mário Centeno que, com mão férrea, conseguiu aquilo que nenhum outro havia conseguido até hoje - em Democracia -, fazer parar a besta devoradora que exauria o dinheiro público: gastando, gastando, gastando sem eira nem beira dos cofres do Estado (ainda que para isso tivéssemos que andar de mão esticada a pedir emprestado - onde é que já vi, ouvi, vivi isto? Como se não houvesse um dono (que o somos todos nós) ."Isso é do estado, que se lixe", ouvia-se dizer! - É, pois, por tudo isto, que esta atitude do Ministro das Finanças não tem precedentes. É digno do cognome que os pares europeus lhe deram "O Ronaldo das finanças", ele, se assim conseguir chegar ao fim da legislatura, é-o de facto.

Pela primeira vez, penso não me enganar se disser que desde a primeira República, um governo soube interpretar aquilo que é a vontade mais profunda do povo.

É verdade que os resultados alcançados só o foram com o que o governo anterior de Passos Coelho também fez. Contudo este governo teve o mérito de alterar o rumo imposto pelo anterior (TROIKA), com os contributos dos parceiros de coligação no parlamento, mas, principalmente, por convicção do primeiro-ministro - António Costa - e esta atitude mudou tudo.

Mas, afinal, o que é que o povo não quer?

O povo (sábio), inequivocamente, não quer, de todo, é voltar a passar pela situação humilhante de ver os estrangeiros a governarem-nos, embora por interpostas pessoas (gente da casa), que lhe seja retirado dinheiro dos ordenados e das pensões, isto o povo não quer mais. António Costa percebeu, uniu e tudo tem feito para o conseguir, até agora com êxito.

Penso, contudo, que nesta boa fase que o país atravessa  (remando eu contra a maré da maioria), seria bom que a próxima legislatura tivesse como primeiro-ministro Rui Rio. Julgo que ele iria consolidar as finanças publicas com reformas inovadoras e de forma sustentável. Mas, provavelmente, irá continuar no governo por mais um mandato, António Costa (?). É muito provável.

Será bom, no entanto, que não se esqueça, se isso se vier a verificar, deste desejo genuíno do povo: a sustentabilidade das finanças do país. Neste tempo de feitura do OGE, lembro, a propósito que a Comissão Europeia, em 23/05/2018, e logo de seguida o BCE pela voz dos seus respetivos Presidentes, vieram dizer mais ou menos, a mesma coisa:"Portugal tem de gastar metade daquilo que está a pensar para o OGE de 2019". Cautela, atenção aos excessos. Saibam resistir à pressão que  sindicatos, alguns partidos e corporações de trabalhadores, com mais força reivindicativa, e que de uma forma mais ou menos egoísta se agitam por estes dias, querendo tudo e mais um par de botas... Governem-nos com rigor, inteligência e bom senso. Isto sim, é tudo o que queremos.

Continue o próximo ministro das finanças - seja ele quem for - com mão forte e sabedoria a manter as contas na ordem. E que não se esqueça, o futuro primeiro-ministro, de fazer as reformas estruturais que o país carece e que tornarão a nossa economia inovadora, sustentável e duradoura, já que, com o atual quadro político não foi possível - ir mais longe - fazê-las. Mas os problemas existem e é necessário dar-lhes respostas.

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