sábado, 24 de agosto de 2019

PCP - BEM PREGA FREI TOMÁS...



PCP DESPEDE TRABALHADOR!

Não acredito, ponto parágrafo.

Li - já atrasado, é verdade -, no passado dia 05/06/2019, no SAPO 24 - segundo a Lusa e o ECO, “O PCP foi esta quarta-feira condenado pelo Tribunal de Trabalho de Lisboa a reintegrar o funcionário Miguel Casanova, disse À Lusa fonte ligada ao processo judicial. Segundo a mesma fonte, na sentença considera-se “ilícito o despedimento do trabalhador”, por “não ter havido motivo para o despedimento do posto de trabalho” e “condena-se o réu a reintegrá-lo nas mesmas funções que exercia” antes do conflito laboral.”
Esta medida reporta-se ao acontecido em maio de 2018, mas, só agora, o Tribunal terá proferido a decisão.

Eu li, mas não acreditei que isto tivesse acontecido, voltei ao princípio e reli o texto, e lá estava com todas as letras. Este PCP/Partido Comunista Português, o campeão na defesa dos direitos dos trabalhadores, o Partido da Classe Operária despediu um trabalhador! Mas, a ser verdade, como é possível que nenhum sindicato, partido político ou os grandes comentadores das televisões não tivessem erguido a sua voz, como o fizeram com tanta veemência, olhem, por exemplo, no caso daquela funcionária da corticeira, Cristina Tavares. Ainda se lembram do ruído que os sindicatos, bloquistas e, claro, o PCP fizeram? Mas desta vez e em relação a este trabalhador - Miguel Casanova -, nada nem pio! Será que este trabalhador não é trabalhador? Não terá ele os mesmos direitos que os outros trabalhadores? Ou há trabalhadores de primeira e de segunda? Não sei, e como não sei, gostaria que alguém explicasse este silêncio.

Mas, nem de propósito, como o diabo tem duas mantas, uma que tapa e a outra que destapa, o mesmo Sapo trazia numa coluna ao lado a informação de que “A Corticeira Fernando Couto desistiu de impugnar a multa de 6.120 euros aplicada pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) relativamente à violação de regras de segurança e saúde no trabalho, informou hoje fonte judicial.” E mais à frente diz que “O Tribunal de trabalho da Feira julgou na segunda-feira totalmente improcedente a impugnação judicial da contraordenação instaurada à empresa pela ACT por assédio moral a Cristina Tavares, mantendo a coima de 31.110 euros.” (…). Trago este caso à colação porque enquanto os Sindicatos e o PCP andavam na rua a apoiar esta trabalhadora e bem, em casa, olha, despediram o Casanova, que ironia, não é? Mas pior, o Casanova terá afirmado que o PCP tomou esta atitude por ele discordar “da atual solução política que viabilizou” a “geringonça”! Pois é, mais uma calinada na moral, na ética e nos princípios.

Este silêncio, ensurdecedor, não fará corar de vergonha os sindicatos, partidos e comentadores? Ou eles têm medo de alguma coisa?

No que respeita ao PCP, não há nada que admirar, ele é apenas igual a todos os partidos comunistas do mundo, quando estão numa posição dominante, eles, mandam e bico calado.

É bom que vamos estando atentos e não nos iludamos com os amanhãs que cantam.

PS: é claro que os órgãos de comunicação social noticiaram o caso, mas não é deles que falo, entenda-se.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

SINAIS DOS TEMPOS... SERÁ?

Imagem retirada da Internet
Há certos períodos do tempo em que as coisas parecem estar ao contrário, sim, de cabeça para baixo e de pernas para o ar: a verdade é mentira e a mentira verdade; o bem é o mal e o mal o bem; quem atira a primeira pedra é vitima e quem se defende é agressor; o justo vira injusto e este o seu contrário, enfim, e por aí fora. 



Vem isto a propósito de alguns desconchavos que estão a ocorrer, nestes dias ensolarados e quentes, no nosso cantinho lusitano. 


O líder do PSD, Rui Rio, antes e depois de ter sido eleito, tem sido sistemática e violentamente atacado, não pelos outros partidos, o que seria normal, mas pelos seus próprios pares. Estes têm-se comportado como verdadeiros vilões a tentar fazerem-lhe a 'folha'. Mas, agora que o Líder do partido - PSD - literalmente 'partido' diga-se, tem a oportunidade de escolher a equipa que, com ele, irão fazer oposição ao futuro governo - se não forem eles a formar governo -, o batalhão do bota-abaixo passa através dos media e, até, com a ajuda destes, para a opinião pública que é o líder o vilão. O que é que está mal nesta equação? Não será, pois, justo que a pessoa que tem estado debaixo de um combate político sem tréguas - oposição cerrada -, facas-longas, traições e não sei que mais, não tenha o direito de limpar esta gente e colocar no seu lugar outros que com ele colaborem lealmente? Ou somos nós que estamos a ver o filme ao contrário? Ou fará isto parte dos tempos? (“Traição e rebelião - haverá divisões e lutas até dentro de famílias” Mateus, 24 - estão lembrados?). 

Em época de incêndios, aconselha o bom senso que se fale pouco e atue mais. Mas, não será justo que uma pessoa, mesmo sendo o Ministro I, tendo sido atacado, para não dizer difamado, venha a colação dizer o óbvio - que no que respeita à Proteção Civil, a primeira linha de defesa pertence, conforme a Lei, às Autarquias - limpeza de caminhos, abertura de aceiros, força de combate a incêndios, ativação da Proteção Civil Local, se for caso disso, e só depois da avaliação da gravidade e da impossibilidade de fazer face à ocorrência o Líder desta força, o autarca, solicita a intervenção  da autoridade superior, regional ou distrital e, esta, por sua vez, se entender que não pode, por si, fazer face ao problema, solicita apoio nacional. Bom, é que há uma hierarquia e quem está na base são os autarcas, é assim a Lei. Por tudo isto nos parece - embora o governante deva ter continência verbal - ser, no entanto, compreensível que venha a terreiro - usando os mesmos meios do seu atacante - repor a verdade dos factos. 

Também não entendemos a razão pela qual os jornaleiros (alguns, muitos, demais) e comentadores de pantalha, andem numa azáfama a tentar convencer-nos que o direito não é o ‘direito’, mas sim o avesso. 
Só a opção ideológica justifica este frenesim mediático, feito por profissionais da ‘política’ que, ao invés de serem mediadores da palavra, fazedores da opinião pública, com isenção e rigor, JORNALISTAS, andem neste devaneio. 

O descrédito que hoje o povo tem pelos políticos, será o mesmo, muito em breve, que terão pelos falsos anunciadores, aliás, já hoje se verifica este fenómeno, pois que os media estão em falência ou em vias disso. E a principal razão para o facto é o descrédito. Cada vez mais, as pessoas não compram jornais. 

E no que aos fogos diz respeito, há ainda outro facto que nos admira bastante: não seria melhor atacar e prender os incendiários, ao invés de se andar a atacar os governantes, os autarcas e, o que é pior, os homens: bombeiros, militares da GNR e do Exército que tão abnegadamente dão tudo, às vezes até as suas vidas para nos defenderem e defenderem os nossos bens, das catástrofes que nos flagelam? 

Atençãonós povo, não nos deixemos enganar pelos falsos arautos. Sejamos resilientes e meditemos antes de agir. Mas não fiquemos indiferentes, ajamos sempre com discernimento. 

PENSAMENTO

  “É O COMER QUE FAZ A FOME.   É O CORAÇÃO QUE FAZ O CARÁTER”                    Eça de Queiroz  Imagem: Internet