PORTGAL A VOTOS |
É ver aqueles que votaram contra o Orçamento do Estado (à esquerda), agora que o Presidente decidiu dissolver o Parlamento, sempre que veem uma câmara de televisão à frente, porem aquelas caras muito sérias, de anjos de pau carunchoso, vitimizarem-se e dizerem: “nós não queríamos eleições antecipadas, havia outras alternativas ”, só lhes faltam as asinhas, hipócritas. Que outras alternativas? Um novo Orçamento, para quê? Esbanjar à fava rota, sem olhar à responsabilidade das contas certas, imperiosas para não voltarmos a cair na banca rota (é bom lembrar que já lá vão três - basta de tanta irresponsabilidade). Se não queriam, não votassem ao lado da direita e da extrema direita, abstivessem-se na votação, não tinham que votar a favor e, assim, mostravam a sua discordância, mas responsavelmente, não punham em causa tudo o que os trabalhadores, reformados, pensionistas e, até, a classe média iria usufruir com o defunto Orçamento. Ou não será assim?
Olhemos para esta situação, a título de exemplo: uma pessoa que se aposentou em 2004, nunca mais viu a sua reforma aumentada, atualizada que fosse, bem antes pelo contrário, foram-lhe retirados 3,5% para a ADSE que, até então , não pagava, e passou também a pagar IRS de que estava isento. Foi um corte substancial numa reforma que não era grande coisa, fazendo parte daquele grande grupo que quando há aumentos é considerado da classe média (baixa - digo eu) e por isso nunca foi considerado para o efeito, vendo o seu rendimento roído pela inflação que , embora pequena, tem existido, é só comparar os preços de 2004 e os de agora.
Pela 1ª vez em 17 anos, o Orçamento de Estado que ora acaba de ser chumbado no Parlamento, previa um aumento (pequeno, mas era aumento) que agora não vai ter, assim como os milhares de pessoas que se encontram nesta situação e , sabe Deus, até quando.
Sim, pergunta-se ao PCP e ao BE (arautos da defesa dos direitos dos trabalhadores, pensionistas e reformados), e agora? E agora? Senhores detentores de toda a verdade; arrogantes e sectários que, com a postura de “santos de pau oco”, só olham para os interesses dos vossos partidos e aqueles que dizem defender, que se lixem.
Como em Democracia há sempre solução para os problemas políticos, vamos a votos e façamos votos para que nas eleições que aí vêm, o povo saiba dar-vos a resposta que mereceis: vassourada, vassourada, vassourada.
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