Esta é uma questão política — e foi politicamente que foi resolvida. Conjunturalmente, através da Assembleia da República e do Governo (AD/CDS/CHEGA), alterou-se a Lei de Estrangeiros.
Vimos os governantes e dirigentes partidários que apoiam esta medida esgrimir argumentos em sua defesa. Estão no seu direito — têm um mandato, outorgado pela maioria do povo português, através de eleições livres, para o fazer.
Mas atenção: todos sabemos, ou devíamos saber, que são os imigrantes que estão a contribuir para o equilíbrio das nossas contas públicas. E não apenas através dos descontos para a Segurança Social, mas também com o seu trabalho na construção civil, na restauração, na hotelaria, na agricultura e por aí fora.
Não fossem os imigrantes e, já hoje — agora mesmo —, todos estes setores da economia nacional teriam colapsado.
A título de exemplo: Portugal não tem habitações suficientes para os seus habitantes. Estima-se ser necessário construir, por ano, 70 mil casas! Para isso acontecer, dizem os estudos, seriam precisos cerca de 90 mil trabalhadores — só para este setor.
Se não há portugueses para o fazer, quem o fará?
Talvez os políticos demagógicos e populistas?
É óbvio — e de bom senso — que o que se está a passar no Martim Moniz, com estrangeiros a vender droga (já me ofereceram a mim, com a droga na palma da mão, à vista de toda a gente, para eu comprar), não é aceitável; bastam os nossos. Mas isto é um caso de polícia. E para esses, sim, que se prendam e se mandem para os seus países.
Quanto aos restantes, deixemo-los governar a vida — como gostamos que façam com a nossa diáspora, espalhada por todo o mundo.
Pelo exposto, torna-se evidente que esta lei, a seu tempo, terá de ser novamente revisitada.
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