sábado, 26 de outubro de 2024

É DE GUERRA QUE FALAMOS


A guerra é uma tragédia que acompanha a humanidade desde tempos ancestrais. É um ato animalesco. Decidida por políticos e comandada por generais que elaboram planos meticulosos, evoluindo ao ritmo da própria sociedade. Porém, uma vez desencadeada, transforma-se numa ação grosseira e irracional, onde a razão se perde em brutalidade.

A Idade Média já vai longe; estamos no século XXI. Com o nível de conhecimento adquirido e a humanização do ser humano, seria de esperar que as guerras pertencessem ao passado, encerradas nos livros de história. Contudo, a realidade é outra. Segundo o Instituto de Investigação da Paz de Oslo (PRIO), no ano de 2023 havia 34 conflitos ativos no mundo (in Google).

Entre os mais mediáticos estão: a invasão da Ucrânia pela Rússia, liderada por Putin, em fevereiro de 2022; e o ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2024, que arrastou para o conflito o Hezbollah e os Houthis. Todos estes grupos, classificados como terroristas, são financiados e armados pelo Irão, que também apoia a Rússia com o fornecimento de Drones.

HAMAS/FAIXA DE GAZA – ISRAEL – HEZBOLLAH/LÍBANO

Todos nos lembramos, ou devíamos lembrar-nos, do bárbaro dia 7 de outubro de 2024, em que o Hamas invadiu Israel, matando crianças, idosos, mulheres e homens. Além de cometerem estes atos horríveis, capturaram mais de uma centena de prisioneiros, incluindo bebés.

O que esperava o Hamas que acontecesse? Se não esperava a retaliação, cometeu um erro de avaliação gravíssimo. O que se seguiu foi uma resposta militar de Israel com toda a sua força, uma ação que qualquer país tomaria para defender os seus.

Atualmente, há várias manifestações de apoio ao povo palestiniano, mas a verdade é que a Palestina consente que TERRORISTAS que atuam a soldo do Irão, ocupando territórios que não lhes pertencem e utilizando táticas cobardes, escondendo-se em túneis sob escolas, hospitais e campos de refugiados. É verdade que, segundo tratados internacionais, estes locais são protegidos, mas é igualmente verdade (segundo os mesmos tratados) que não se devem usar estes locais como escudos. Além disso, o Hamas impede que mulheres, crianças e idosos se refugiem nos túneis, reservados apenas para os seus combatentes.

É evidente que a dor que nos invade ao ver esta carnificina é devastadora, especialmente pelo sofrimento das crianças. Este sofrimento é partilhado pelos dois lados do conflito. Em vez de rancores e ódios inflamados, o que deve ser exigido nestas manifestações é o fim dos horrores acumulados e a busca de um acordo de paz sustentado pelas Nações Unidas: dois povos, dois Estados.

RÚSSIA – UCRÂNIA

Todos assistimos ao início desta guerra: centenas de tanques russos invadiram território ucraniano, vomitando fogo indiscriminadamente. Mataram homens, mulheres, jovens, idosos, crianças e bebés, destruindo todo o edificado à sua passagem, incluindo hospitais, creches, escolas e igrejas. Em nada diferente do que se observa no Médio Oriente.

Curioso é que, neste caso, os manifestantes de apoio à Palestina, que exigem que Israel cesse a guerra – e bem – não usem a mesma voz para exigir o mesmo ao Hamas/Hezbollah e à Rússia em relação à Ucrânia, o que é lamentável.

Tal como no Médio Oriente, estes povos precisam sublimar todos os horrores e ódios acumulados e aprender a aceitar-se como bons vizinhos, vivendo em tranquilidade, harmonia e paz para o bem dos próprios e da humanidade.

Imagem: Internet

a. m.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixe aqui o seu comentário:

A RECORDAR A CART 6553/73

 Convívio 2024   Pai e filho — penetra — neto e avô