A guerra é uma tragédia que
acompanha a humanidade desde tempos ancestrais. É um ato animalesco. Decidida
por políticos e comandada por generais que elaboram planos meticulosos,
evoluindo ao ritmo da própria sociedade. Porém, uma vez desencadeada,
transforma-se numa ação grosseira e irracional, onde a razão se perde em
brutalidade.
A Idade Média já vai longe; estamos
no século XXI. Com o nível de conhecimento adquirido e a humanização do ser
humano, seria de esperar que as guerras pertencessem ao passado, encerradas nos
livros de história. Contudo, a realidade é outra. Segundo o Instituto de
Investigação da Paz de Oslo (PRIO), no ano de 2023 havia 34 conflitos ativos no
mundo (in Google).
Entre os mais mediáticos estão: a
invasão da Ucrânia pela Rússia, liderada por Putin, em fevereiro de 2022; e o
ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2024, que arrastou para o conflito
o Hezbollah e os Houthis. Todos estes grupos, classificados como terroristas,
são financiados e armados pelo Irão, que também apoia a Rússia com o
fornecimento de Drones.
HAMAS/FAIXA DE GAZA – ISRAEL –
HEZBOLLAH/LÍBANO
Todos nos lembramos, ou devíamos
lembrar-nos, do bárbaro dia 7 de outubro de 2024, em que o Hamas invadiu
Israel, matando crianças, idosos, mulheres e homens. Além de cometerem estes
atos horríveis, capturaram mais de uma centena de prisioneiros, incluindo
bebés.
O que esperava o Hamas que
acontecesse? Se não esperava a retaliação, cometeu um erro de avaliação
gravíssimo. O que se seguiu foi uma resposta militar de Israel com toda a sua
força, uma ação que qualquer país tomaria para defender os seus.
Atualmente, há várias manifestações
de apoio ao povo palestiniano, mas a verdade é que a Palestina consente que
TERRORISTAS que atuam a soldo do Irão, ocupando territórios que não lhes
pertencem e utilizando táticas cobardes, escondendo-se em túneis sob escolas,
hospitais e campos de refugiados. É verdade que, segundo tratados
internacionais, estes locais são protegidos, mas é igualmente verdade (segundo
os mesmos tratados) que não se devem usar estes locais como escudos. Além
disso, o Hamas impede que mulheres, crianças e idosos se refugiem nos túneis,
reservados apenas para os seus combatentes.
É evidente que a dor que nos invade
ao ver esta carnificina é devastadora, especialmente pelo sofrimento das
crianças. Este sofrimento é partilhado pelos dois lados do conflito. Em vez de
rancores e ódios inflamados, o que deve ser exigido nestas manifestações é o
fim dos horrores acumulados e a busca de um acordo de paz sustentado pelas
Nações Unidas: dois povos, dois Estados.
RÚSSIA – UCRÂNIA
Todos assistimos ao início desta
guerra: centenas de tanques russos invadiram território ucraniano, vomitando
fogo indiscriminadamente. Mataram homens, mulheres, jovens, idosos, crianças e
bebés, destruindo todo o edificado à sua passagem, incluindo hospitais,
creches, escolas e igrejas. Em nada diferente do que se observa no Médio
Oriente.
Curioso é que, neste caso, os
manifestantes de apoio à Palestina, que exigem que Israel cesse a guerra – e
bem – não usem a mesma voz para exigir o mesmo ao Hamas/Hezbollah e à Rússia
em relação à Ucrânia, o que é lamentável.
Tal como no Médio Oriente, estes
povos precisam sublimar todos os horrores e ódios acumulados e aprender a
aceitar-se como bons vizinhos, vivendo em tranquilidade, harmonia e paz para o
bem dos próprios e da humanidade.
Imagem: Internet
a. m.
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