Aqui postaremos assuntos relacionados com a CART. 6553/73, Portugal, Angola e com o Mundo.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
UM FELIZ E SANTO NATAL PARA O MUNDO - 2022
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
A HIPER - SUBSSIDEODEPENDÊNCIA / OPINIÃO
Mas, com a mesma sensibilidade, e por via destes fenómenos
da natureza, ouvimos amiúde pedidos de apoio para tudo e mais um par de botas:
o Governo tem que nos dar um subsídio, a Câmara Municipal tem que nos apoiar e,
por seu lado, estas dizem que o Governo tem que as apoiar para que elas possam
apoiar as populações; os representantes empresariais pedem subsídio para
aumentar os seus empregados - agora diz-se colaboradores -, as empresas de
energia pedem subsídio para não aumentarem os preços que acabam por aumentar
apesar de…; as petrolíferas pedem subsídio para não aumentarem os preços que
acabam por aumentar apesar de…; o setor agrícola pede apoio para não aumentarem
os preços que acabam por aumentar apesar de…; e a banca, bom, a banca é uma
coisa escandalosa. As falcatruas foram tantas que atiraram o país de pantanas,
a quantidade de dinheiro, foram centenas de milhares de euros, tantos que nem
sabemos como escrever esta enormidade e o povo, sempre o povo a pagar, coitado
do povo. E, depois desse colossal montante que se evaporou, a banca obrigou-nos
a pagar as famosas comissões e mais comissões, porque “os juros estavam baixos
e os bancos tinham prejuízo”, vejam lá isto! Mas o pior de tudo, se calhar
ainda mais escandaloso do que o dinheiro que se evaporou, é que agora que os
juros estão altos, a banca não só não retira as comissões - como é suposto
fazer uma pessoa de bem -, como não aumenta os juros devidos aos clientes,
vá-se lá saber porquê… Mas, pior ainda, é que não há uma autoridade no país que
ponha esta gente na ordem e os obrigue a retirarem as comissões que nos impuseram,
como a pagarem os juros de acordo com as taxas em vigor impostas pelos Bancos
Centrais. Isto é um regabofe. Uns glutões, poucos, muito poucos, meteram a mão
na massa, o povo paga e não há quem nos governe.
Perante tal repugnante desmando perguntamos:
- Onde estão e para que servem os Seguros?
Fazemos uma casa, abrimos um negócio, compramos um carro e
não fazemos seguro?
Acaso nos esquecemos que quem paga, os tais subsídios, é o
contribuinte que normalmente tem os seguros em dia e não recebe subsídios?
Este país está a transformar-se numa terra de gente
subsídio-dependente. Isto é uma praga, uma esquizofrenia generalizada!
Os políticos na ânsia de quererem agradar a tudo e a todos
para sacarem os votos - do Governo à Oposição, a todas as oposições -, correm a
oferecer subsídio a torto e a direito contribuindo para esta calamidade pública.
Porque é de uma calamidade que se trata.
Para termos a noção exata deste disparate nacional, devemos exigir às várias entidades de fiscalização e controlo da coisa pública, tais como: Tribunal de Contas, UTAO - Unidade Técnica de Apoio Orçamental ou INE que façam um levantamento de todo o tipo de subsídios, apoios e afins que o Estado paga por ano e apresentem os resultados em números e euros para que as pessoas pagantes possam fazer uma ideia do absurdo de tudo isto.
Que se acabe com os subsídios apoios e afins, se aumentem os
ordenados, as reformas e se baixem os impostos e, para casos mais especiais, se façam
empréstimos, para isto deve servir a CGD e não só para sacar o dinheiro às
pessoas.
E quem não quiser arcar com o prejuízo que faça os respetivos seguros. Responsabilize-se o cidadão. O próprio Estado deve ter um seguro para casos verdadeiramente excecionais, dando assim o exemplo e não estar a vir sempre, abusivamente, ao bolso do cidadão cumpridor e pagante.
Imagem: Internet
terça-feira, 6 de dezembro de 2022
CR7 / OPINIÃO
Um homem com um palmarés destes: CINCO bolas de ouro. Sporting: Supertaça de Portugal 2002; Manchester United: Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA 2008; Liga dos Campeões da UEFA 2007; Campeonato Inglês 2006, 2007 e 2008; Taça de Inglaterra em 2003. Taça da Liga Inglesa em 2005 e 2008; Supertaça da Inglaterra 2007 e 2008. Real Madrid: Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA em 2014, 2016, 2017; Liga dos Campeões da UEFA em 2013, 2015, 2016 e 2017; Supertaça da UEFA, em 2014, 2016 e 2017. Campeonato Espanhol 2011 e 2016; Taça do Rei em 2010 e 2013; Supertaça de Espanha 2012 e 2017. Juventus: Campeonato Italiano 2018 e 2019; supertaça de Itália 2020; Copa Itália 2021. Seleção Portuguesa: Campeonato Europeu 2016; Liga das Nações da UEFA em 2003. Portugal sub-21: Torneio Internacional de Toulon 2003.
Mais prémios individuais, para além das bolas de ouro,
coletivos, torneios, melhor marcador, melhor assistente, recordes e marcas
mundiais, recordes e marcas pela europa, recordes e marcas em Espanha, recordes
e marcas em Inglaterra, recordes e marcas pelo Real Madrid, recordes e marcas
pelo Manchester United, recordes e marcas pelo Juventus, recordes e marcas por
Portugal, honrarias e condecorações (dados da wikipédia).
Com 1146 jogos nas pernas e 820 Golos, o que dá uma
média de 0,71 golos por jogo! É obra.
Um profissional do calibre do Senhor Cristiano Ronaldo tem
que ser respeitado: pelo mundo do futebol, por um qualquer e ocasional
treinador e pela história do desporto mundial.
Diga-se o que se disser, Cristiano Ronaldo foi vexado pelo
treinador Erik ten Hag, do Manchester United Football Club. Quando o sr. Erik,
a 2 ou 3 minutos do fim do jogo, mandou entrar o Cristiano, cometeu um
desrespeito sem qualificação.
E sabe que mais, sr. Erik ten Hag, ‘quem não se sente não é
filho de boa gente’ - diz-se na nossa terra - e o Cristiano tem mais essa a seu
favor, é filho de muito boa gente.
Bom, então quer isto dizer que transformamos o CR7 na vaca
sagrada? Não. Nada disso. O Cristiano Ronaldo pode e deve ser criticado, bem
como enaltecido sempre que as circunstâncias o justifiquem. Veja-se como
procedeu o selecionador de Portugal, Eng. Fernando Santos, a propósito de uma
atitude a todos os títulos condenável deste craque, no jogo com a Coreia,
depois de o treinador o ter substituído.
Fica, assim, provado que tudo pode ser dito e feito com
elevação e sem revanchismos.
PS: Tu és das pessoas, ou mesmo, a pessoa mais
conhecida e respeitada do Mundo na atualidade, compreende-se a frustração e a
tristeza, mas não chores. Põe tudo em perspetiva e relativiza: olha para o
sofrimento do povo mártir da Ucrânia que, para além de estar a ser bombardeado
a toda a hora, vê os seus entes queridos partirem, as sua casas implodirem e
estão a regelar sem energia para se aquecer. Vá lá, CRIS, dá graças a Deus por
tudo o que a vida te tem dado e sê feliz junto dos teus familiares, com muita
saúde e amor.
Imagem: Internet
sábado, 19 de novembro de 2022
sábado, 5 de novembro de 2022
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
AOS QUE PARTIRAM
ETERNA SAUDADE - COMPANHEIROS
JOSÉ HERMINIO CARVALHO - FRANCISCO DE OLIVEIRA RIBEIRO - FRANCISCO ABÍLIO MADUREIRA SOUSA - AUGUSTO OLIVEIRA LIMA - JOAQUIM DE MATOS CHAMBEL - MAXIMINO DE FREITAS MENDES - HERÉDIO DA SILVA PINTO - JORGE MANUEL DOS SANTOS OLIVEIRA - FERNANDO MATOS SILVA - JOAQUIM ALMEIDA VIDAL.
domingo, 30 de outubro de 2022
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO/OPINIÃO
ORÇAMENTO DE EESTADO - 2023
Não somos políticos, no sentido de militância partidária,
mas não somos acéfalos nem acríticos, logo e em consequência, estamos atentos a
tudo o que nos rodeia e em particular à política em geral. Neste caso, à
politica orçamental para o ano 2023 que irá ter consequências diretas nos
nossos bolsos. Mas como também não somos economistas, deixamos a discussão dos
números aos especialistas.
Este Orçamento do Estado (OE), foi construído num tempo
pós-pandémico, num cenário de guerra e, por via disto, com uma inflação alta.
O Executivo fez, como é sua obrigação, o OE; mas antes, de o
aprovar e entregar na Assembleia da República, é suposto ter feito: análise politica
- macro e micro, estudos económicos, estatísticos e as respetivas comparações;
fez reuniões com as forças vivas da sociedade sindicais, patronais e políticas,
nomeadamente.
Apesar de tudo isto há, a propósito do OE, um ruído
ensurdecedor, ao nível das forças políticas do nosso país. Enfim, faz parte do
mediatismo das andanças das oposições.
Mas vejamos, o atual Governo - apoiado por uma maioria
absoluta no parlamento - está, segundo o espetro político atual, ao centro, no
meio, da esquerda, à esquerda do PS e da direita, à direita do PS, é factual. É
assim.
Pois, se assim é, não se entende a razão das forças
políticas, da esquerda à direita, dizerem que o OE está mal feito, mal
avaliado, em resumo, que não presta. Custa mesmo muito a perceber como forças
tão contrárias (ou talvez não), façam como que uma ‘coligação’ para criticarem
o Governo. Ninguém, de boa fé, entende que o Governo tenha feito um acordo com
as entidades patronais e um sindicato, a UGT - já que a CGTP nunca faz nenhum
acordo com os governos, nem mesmo quando o PCP e o BE apoiaram a dita
‘geringonça’ -, se o Orçamento estivesse assim tão errado. Muito embora, fazer
previsões económicas no atual contexto sociopolítico europeu/mundial, seja
mesmo uma roleta russa.
Perante o que acabamos de escrever, pensamos que só o
desespero de que a coisa (OE) possa estar, se não bem, quase bem-feita, é tão
grande que ouvimos até em uníssono, os partidos das direitas e das esquerdas dizerem,
agora, que essa questão das contas certas e a redução da divida pública é uma ‘treta’!
Isto dito pelas direitas é um murro no estômago. Senhores, passaram a vida a
dizer precisamente o contrário, quanto às esquerdas já estamos habituados, de
tal maneira que já não nos arranham os ouvidos. Contudo, nunca é demais lembrar
aos juniores e aos distraídos que os portugueses, mais seniores, já viram este
filme três vezes e não gostaram. Doeu e doeu muito. Já chega, não?... Não nos
deixemos ir nestes discursos demagógicos porque depois batemos com a cabeça na
parede e, descobrimos, desiludidos, que os ‘amanhãs não cantam’.
Nós, continuamos a pensar que as pessoas não são
jumentas(os), sabem limpar os ruídos comunicacionais e, olhem, se calhar é
mesmo como diz o povo ‘é no meio que está a virtude’. Será?
Porque vivemos em Democracia, cada um avaliará por si.
Imagem: Internet
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
terça-feira, 13 de setembro de 2022
PARABÉNS, CAPITÃO
Com um abraço, desejamos-lhe que viva cada dia com saúde e alegria, são os votos da nossa companhia.
quinta-feira, 8 de setembro de 2022
ISABEL II
MURREU A RAINHA ‘DO MUNDO’
WALLED THE QUEEN ‘OF THE WORLD’
PAZ À SUA ALMA.
PAX TO YOUR SOUL
Imagem: Internet
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
INCÊNDIOS 2022/OPINIÃO
Há uma grande excitação política, quase histérica, a mergulhar no populismo bacoco a propósito dos fogos de verão, parecem galinhas no galinheiro a disputarem o galo: “não há meios materiais e humanos, não há investimento, não há planeamento, não se aprendeu nada com 2017, não há responsabilidade” e por aí fora.
Provavelmente haverá falta de tudo isto ontem, hoje, amanhã e sempre. Os meios nunca são suficientes para acorrer a todas as situações, são sempre finitos, aqui ou em qualquer lugar do Planeta; só tendo um bombeiro a cada porta ou atrás de cada árvore, o mesmo acontece com os polícias os médicos, os enfermeiros e por aí fora. Meramente a título de exemplo, olhemos para o que vai por esse Mundo fora: fogos que todos os anos ardem semanas a fio engolindo tudo o que está à sua frente: matas, casas, vilas e aldeias inteiras, carros, hospitais e pessoas nos EUA, será que neste país isto acontece por falta de meios económicos, de bombeiros, de viaturas, de aviões para apagarem os fogos? Será mesmo? E na Espanha, na França e Alemanha?
Não, meus senhores, não vale tudo. Já o temos dito e repetimos as vezes que acharmos necessárias para ver se nos levam a sério: nós, o povo, não somos burros, vejam os senhores se aprendem com o que aconteceu nas últimas eleições … O problema é que estamos a viver tempos estranhos, o clima está a mudar e temos que nos adaptar à nova realidade. Mas isto não se faz de um ano para o outro, já em 2017, 2015, 2013, 2000 e até em 1970, era tarde para fazermos o que se devia/deve fazer: ordenar a floresta. Isto é uma evidência, mas, claro está, não saiu da nossa cabecinha, por mais inteligente que nos julguemos, mas sim, das cabeças e do trabalho árduo dos Técnicos e Cientistas de todas as partes do Planeta, basta ler um pouco.
Contudo, há agora, ouve-se dizer e vê-se pelo número de pessoas detidas, outro problema e este bem mais recente e gravíssimo, cada vez mais incendiários. Chamam-lhes doentes, piromaníacos, malandros e bandidos; pois serão tudo isso, mas nós chamamos-lhes terroristas políticos, porque atentam contra o Estado Português e as autoridades não devem ter pruridos em trabalhar este item: terrorismo político.
Não percamos a esperança, e façamos votos para que em vez de nos andarmos a esgatanhar uns aos outros, trabalhemos serenamente, apresentando propostas válidas, sem estridências excessivas, para salvarmos o nosso país, os nossos bens materiais e imateriais e, a seu tempo, façamos, então, as nossas escolhas políticas com os instrumentos democráticos postos à nossa disposição.
Imagem:Internet
domingo, 31 de julho de 2022
CONVÍVIO 2022
MAIS UM ENCONTRO REALIZADO - VOLTÁMOS À SEMPRE LINDA CIDADE DE AVEIRO
Desta feita dando cumprimento a um pedido do nosso Capitão, por razões já de todos conhecidas.domingo, 1 de maio de 2022
ENCONTRO, CONVÍVIO ANUAL - 2022
domingo, 24 de abril de 2022
sábado, 23 de abril de 2022
sexta-feira, 8 de abril de 2022
UM TESTEMUNHO DE VIDA – O PODER DA FÉ
Neste tempo de Quaresma, marcado pela guerra entre Rússia e
Ucrânia, e o conflito na Palestina/Israel, que nos conduz à Páscoa, talvez não
seja despropositado compartilhar este testemunho de vida:
Eu tinha 17 anos, era maio, o mês de Maria, quando um
colega, o Pedro, me disse: “Eu, João e o Aristides vamos a Fátima a pé, pagar
uma promessa a Nossa Senhora por termos terminado o curso.”
Respondi: "Sou mais novo, ainda me falta um ano para terminar
o curso e não fiz nenhuma promessa. Mas gostaria de ir com vocês a
Fátima!"
Ao final do dia, o Pedro voltou e disse-me: “António, falei
com João e o Aristides, e eles concordaram que tu vás connosco!”
Compartilhei este projeto com o Dr. Vitorino, um velho
professor que também dava aulas de latim no Seminário dos Olivais, e disse-lhe:
“… não fiz nenhuma promessa, mas mesmo assim gostava de ir.” Ele respondeu-me:
“Não importa. O importante é a fé com que tu vais a Fátima. E, à noite, quando te
deitares, oferece o sacrifício da tua caminhada a Nossa Senhora por um desejo
muito forte que tenhas, ou em ação de graças ao Senhor pelo dia que te foi dado
viver. Na hora da oração, saberás o que fazer. Não te esqueças, o mais
importante é a sua fé em Nosso Senhor.”
Quando chegou a hora, numa tarde de maio, após o almoço,
partimos. Na primeira noite da viagem, montamos a tenda encostada à parede da
Igreja da Póvoa de Santa Iria. Os meus colegas foram dar um passeio. Eu preferi
ficar, deitei-me sob um pano de lona, sentindo as irregularidades do chão, e
rezei, seguindo o conselho do Dr. Vitorino. Ofereci o sacrifício da minha
caminhada a Nossa Senhora de Fátima, pedindo-lhe a intercessão junto a seu
Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo fim da guerra do ultramar. Já não por
mim, mas para que um sobrinho meu, que acabara de nascer também em maio, não
tivesse de ir à guerra.
A partir desse dia, todas as noites antes de dormir, rezava
e entregava a Nossa Senhora o sacrifício da caminhada, fazendo-lhe o mesmo
pedido.
Passados cinco anos, em 1973, fui para a guerra. Colocaram-nos
na região no norte de Angola, No Songo. Quando chegámos ao quartel, logo à
entrada, do lado esquerdo da porta de armas, havia uma imagem de Nossa Senhora
de Fátima, pousada na bifurcação de dois troncos de uma frondosa mangueira e, por
abaixo, um pequeno altar. Era a capela do quartel. Sempre olhávamos para essa
imagem quando saíamos para uma operação, pedíamos sua proteção, e quando
voltávamos, agradecendo-lhe por termos chegado com vida.
No dia 25 de abril, também em maio, vim de férias à
metrópole. Ao regressar à guerra, estava imbuído pelo espírito revolucionário
que se vivia em Lisboa. Ao chegar, deparei-me com um quadro político-militar
completamente diferente do que havia deixado. Os meus camaradas também estavam
imbuídos pelo espírito do MFA. Decidimos, então, distribuir mensagens aos guerrilheiros
da FNLA, propondo um cessar-fogo.
Eles receberam a mensagem e responderam. Fizeram uma
emboscada ao responsável da OPVDCA e entregaram-lhe uma mensagem dizendo que
queriam fazer o cessar-fogo connosco. Após o comandante-chefe em Luanda ser
informado, fomos autorizados a falar com os chamados “turras”.
Embora sendo furriel, em tempos, fora designado como
Comandante de pelotão. Fez-se um sorteio entre os comandantes de pelotão, e fui
escolhido para ir falar com os guerrilheiros.
Num belo domingo de sol, reuni os homens do terceiro pelotão
e expliquei a missão. Combinámos a estratégia de aproximação, posicionamento
das viaturas, e recomendei que não levassem máquinas fotográficas nem
gravadores (por ordem do Comandante).
No caminho, não parava de pensar: como seria o encontro com
homens com quem ainda há poucos dias trocávamos tiros? Qual seria a reação
deles? E a nossa? E o que eu diria ao Comandante Vuna Vioka da FNLA? Por mais
que me esforçasse, não encontrava palavras que fizessem sentido para aquela
ocasião...
Ao chegarmos, a tensão era muito alta. Sabíamos que eles já
ouviam as viaturas. Olhávamos para as bermas da picada, atentos, esperando ver
algum “turra” emboscado, mas não víamos nada. O peito apertava-se, provocando
dor! O coração batia desordenadamente, tal era a tensão.
O povo do Penda apareceu no ângulo de visão da primeira
viatura onde eu estava. No meio da rua, uma força militar fardada, em formatura
e desarmada, causou-me surpresa e alívio. As viaturas pararam à distância
combinada. Desci e dirigi-me ao Comandante.
Vuna Vioka apresentou-me aos seus homens em continência
militar e, depois, de braços abertos, dirigiu-se a mim. Abraçamo-nos como
amigos que há muito não se veem. Nesse momento, o povo do Penda começou a
cantar e a dançar, numa explosão de alegria! Os militares de ambos os lados continuavam
firmes.
O Comandante Vuna Vioka, ainda apertando minha mão, disse:
“É uma grande alegria poder viver este momento!” Respondi meio atónito: “Também
para mim!” Então ele perguntou: “Podemos mandar descansar os homens?” Concordei
e demos ordem para que todos ficassem à vontade.
O que aconteceu em seguida foi inverosímil e inimaginável há
cinco minutos: os militares portugueses e os guerrilheiros da FNLA correram uns
para os outros, abraçando-se, trocando quépi, cumprimentando-se e dançando,
numa alegria indescritível. Tudo ao som dos cânticos e danças do povo, sob os nossos
olhares esgazeados. Era a festa da paz. Homens que há treze anos se
confrontavam, ali estavam, como se sempre tivessem sido amigos!
Um arrepio percorreu o meu corpo, os pelos dos braços se
eriçaram. Lembrei-me de Nossa Senhora e da peregrinação a Fátima, das orações
pedindo o fim da guerra, oferecendo o sacrifício da caminhada. Ali estava eu,
em Angola, acordando um cessar-fogo! Era o fim da guerra que se anunciava.
Agradeci a Nossa Senhora e a Deus por aquela oportunidade. Foi um momento de
grande interioridade espiritual, que consegui vivenciar no meio de tanta
alegria.
Não houve tratados escritos, apenas um aperto de mão selou o
acordo, válido para a região norte de Angola, na zona de influência da FNLA.
Posteriormente, o cessar-fogo foi subscrito em reunião no Songo pelo Comandante
do COPM e Vuna Vioka.
Já recompostos, os comandantes recordaram as últimas
operações do exército na serra da Mucaba. Uma hora depois, despedimo-nos e
regressámos ao quartel, em grande excitação e alegria. Alguns homens choravam,
outros lamentavam não ter levado lembranças para os novos amigos guerrilheiros.
Irmãos, estou profundamente convicto de que, com muita fé,
pedi a Nossa Senhora de Fátima, e ela escutou os meus pedidos, intercedendo
junto a seu amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e Este a Deus. Ele quis que
eu e meus companheiros estivéssemos ali, naquele momento, para selar um acordo
de cessar-fogo e participar, à nossa humilde escala, no fim da Guerra no Norte
de Angola. Deus nada faz por acaso.
"Esta é a vitória que vence o mundo – a nossa fé."
1 João 5:4
Abril, 2022
A.M.
sábado, 2 de abril de 2022
A RECORDAR A CART 6553/73
É ISSO MESMO, O 'FITIPALDI' DA COMPANHIA - HERCULANO DE JESUS ARAÚJO DA SILVA.
CAMARADA, TEMOS SAUDADES DE TI, APARECE. UM FORTE ABRAÇO.
sábado, 19 de março de 2022
quinta-feira, 10 de março de 2022
A RECORDAR A CART 6553/73
NOS IDOS DE 70 - SABEIS QUEM SÃO?
MALANDROS, ERA ISTO QUE FAZIAM NAS HORAS LIVRES?
CASAL PINTO 'FELGUEIRAS'
sábado, 26 de fevereiro de 2022
GUERRA DA RÚSSIA À UCRÂNIA / ВОЙНА ОТ РОССИИ С УКРАИНОЙ/ OPINIAO
Q uando um tirano louco assume o poder dá nisto: do alto do seu ego, sentado na cadeira dos Czares/ Stalin, no Kremlin, brinca com o gatilho das suas armas e mata humanos, destrói o edificado que proporciona trabalho, alimentos e conforto às pessoas, sem um pingo de dó.
Putin para justificar o injustificável, a guerra, diz que há nazistas na Ucrânia, certamente que os há, como os haverá em Portugal e no resto do mundo. Mas, ele, está para além do nazismo.
A História está cheia destes crápulas. Este louco, herdou os genes maléficos Czaristas/Stalinistas, e, olhem que Stalin está no pódio dos três maiores genocidas do Mundo. Para que não nos esqueçamos e conste: Mao Tse Tung em primeiro; Josef Stalin em segundo e Adolf Hitler em terceiro lugar. Putin é um ditador com instintos imperialistas, este tirano ou é travado, ou a EU e o Mundo vão ter um gravíssimo problema.
Continuar a dissertar sobre esta aberração, já não acrescenta mais a tudo o que os Órgãos de Comunicação Social, comentadores e especialistas nos têm mostrado e narrado. Horrores.
Mas à coisas que é bom sublinhar na altura própria, em Portugal vivemos em Democracia e, por isso, podemos pensar e falar livremente, cada um diz o que quer e, é assim, que nos choca haver partidos portugueses que são contra a NATO. É estranho e, tanto mais estranho quanto a NATO é um conglomerado de países para terem uma força defensiva e não ofensiva, como por exemplo a Rússia/Putin. O que seria da Europa e, consequentemente de nós, portugueses, se este monstro um dia lhe apetecer dirigir as armas contra os nossos territórios…
Se não for a NATO quem nos defenderá, o BE e o PC? E já que falamos no Partido Comunista, é bom que os portugueses fixam a sua posição face a este crime hediondo levado a cabo pela Rússia/Putin, dizem os comunistas que os últimos acontecimentos são “inseparáveis de décadas de política de tensão e crescente confrontação” - 'dos EU e da NATO contra a Rússia' in Expresso de 22 de fevereiro de 2022. Aqui está preto no branco quem é e ao lado de quem está este partido. Nós aprendemos com o maior democrata Português, o Dr. Mário Soares, nos anos 70, após a Revolução dos capitães - curiosamente e por estarmos a escrever nesta plataforma, também nós, ex-militares da CRT. 6553/73, na altura em teatro de operações no norte de Angola, numa guerra em nome da pátria, também ela por decisão de um ditador, Oliveira Salazar - quem eram os comunistas portugueses, e de outros países , sendo a URSS o sol que os iluminava. Os anos passaram, mas eles continuam iguais a si mesmos e sempre ao lado dos mesmos, mesmo que hoje na cadeira do Kremlin esteja sentado um maluco imperialista da extrema direita capitalista.
Felizmente que os portugueses em eleições livres, de voto na urna, têm inteligentemente, vindo a dar-lhes a resposta adequada, vide as últimas.
A Ucrânia está e vai passar um mau momento da sua História, mas o futuro é vosso.
VIVA A UCRÂNIA
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
sábado, 22 de janeiro de 2022
RECORDAR A CART 6553/73
O FARIA E A ESPOSA COM ESTE AR DE FELICIDADE - QUE ASSIM SEJA PARA SEMPRE. CASAL MARAVILHA, APANHADOS NO RESTAURANTE DO DANIEL DA AREOSA.
domingo, 16 de janeiro de 2022
COM O ALVORECER DE UM NOVO DIA
PENSAMENTO
“É O COMER QUE FAZ A FOME. É O CORAÇÃO QUE FAZ O CARÁTER” Eça de Queiroz Imagem: Internet
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ALGUNS MADUROS JUNTARAM-SE E FESTEJARAM, DESTA FORMA, O QUADRAGÉSIMO NONO ANIVERSÁRIO DO NOSSO REGRESSO. É ASSIM MESMO RAPAZIADA. BOTEM AB...
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Da esquerda para a direita, os furriéis: Cândido, Ribeiro e Magalhães O caminho era feito por uma picada larga – chamavam-lhe a ‘autoestr...