domingo, 8 de dezembro de 2019

UM SANTO E FELIZ NATAL PARA TODOS


Este ano o nosso pensamento está com os refugiados (deslocados das guerras) e com quem os ajuda, como por exemplo, os nossos militares (Forças Armadas e GNR) que, ao serviço da NATO, UE e ONU se distribuem por África, América, Ásia e Europa ao serviço da paz (19 países).
Que o vosso sofrimento, sacrifício e esforço sejam recompensados e em breve possam regressar às vossas terras e familiares.
Bem hajam
_____________                
A HOLY AND MERRY CHRISTMAS FOR ALL
This year our thoughts are with the refugees (displaced from the wars) and with those who help them, such as our military (Armed Forces and GNR) who, in the service of NATO, EU and UN are distributed to Africa, America, Asia and Europe in the service of peace (19 countries).
May your suffering, sacrifice and effort be rewarded and may soon return to your lands and family.
Alright

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

VIAGEM AO BERÇO

Todos nós, em algum momento da vida, sentimos um forte desejo de voltar ao berço; é inevitável. Comigo e com a Teresa não foi diferente e, num dia destes, apanhámos o comboio intercidades e assentámos arraiais na Invicta. Cidade maravilhosa. Quem nos diria, há apenas seis anos, que alugaríamos um T1 no Bairro da Sé, ali bem a meio, entre a estação de São Bento e a Ribeira, na rua Mouzinho da Silveira! Naquela altura, tudo era velho, decrépito, malcheiroso até. E agora, meus amigos? Agora, tudo novinho em folha, melhor dito, tudo reconstruído, e ainda por cima respeitando a traça original – uma maravilha que só visto! Parabéns, tripeiros, podeis orgulhar-vos e pedir meças a quem quer que seja, seja cá no burgo português, seja no estrangeiro, carago. Mas hoje não venho falar deste Porto, lavado, arejado, charmoso e todo bonito, – uma cidade encantadora que já visitámos pela enésima vez, mais coisa menos coisa.

Depois de um sono retemperador, na manhã seguinte, pelas dez horas, dirigimo-nos à vetusta estação de São Bento: linda, com todos aqueles painéis de azulejos que retratam passagens da história do Norte do nosso país. São 20.000 azulejos de pôr os olhos em bico aos turistas que, aos magotes, enchem a estação. É vê-los, de telemóvel em punho, ou com as objetivas em riste, num frenesim de disparos para cima e para baixo que é um verdadeiro "vem-se-te-avias".

Tínhamos verificado previamente que a linha do comboio percorre o Vale do Ave, o que nos deixou encantados e a imaginar como seriam as paisagens deste vale à beira do rio que lhe deu o nome e que se aquieta em Guimarães.

Mas falaremos da paisagem mais à frente. Agora, o importante era procurar a linha onde o comboio nos aguardava. A composição era espaçosa, limpa, com boas e amplas janelas, e bastante confortável. Os bancos, por sua vez, necessitavam de um novo forro, pois os encostos, na zona da coluna dorsal, já estavam puídos, deixando entrever as marcas das vértebras; e os assentos? Pobrezinhos, tão desgastados que registavam as marcas de quem por lá passou. Contudo, um pormenor de somenos. As composições modernas têm umas belíssimas placas informativas que nos indicam as próximas paragens e até o sentido da saída. «Pouca coisa», podem pensar, mas para lisboetas habituados aos suburbanos da capital, isto é novidade. Além disso, a linha é de boa qualidade, já não se ouve o "pouca-terra, pouca-terra, pouca-terra", esse património característico da nossa memória ferroviária. O comboio desliza sereno e silencioso em vários pontos do percurso – vejam lá, para não andarem sempre a falar mal da CP.

Os olhos percorriam a paisagem num ritmo frenético, motivado pelo movimento sincronizado do que ficava para trás, típico de quem viaja de comboio. Rapidamente deixámos os arredores da cidade e entrámos na periferia. Os nomes das várias estações, anunciados por uma gravação (ou algo semelhante), iam avivando a memória. Passámos por Campanhã, Contumil, Rio Tinto, Águas Santas, Ermesinde, Trofa, Lousado (que, a princípio, confundi com Lousada, que conhecíamos), Santo Tirso, Vila das Aves, Lordelo, Vizela e, por fim, Guimarães.

Depois de descermos do comboio, atravessámos a sala da estação com bilheteiras, bar e casas de banho (um luxo que o comboio não tinha). Rapidamente, uma fila de senhoras formou-se à porta das instalações sanitárias, enquanto os homens, apesar de partilharem a mesma necessidade, não tinham de esperar tanto. Contudo, a higiene, tanto dos sanitários masculinos quanto dos femininos, deixava muito a desejar: um cheiro nauseabundo a urina impregnava urinóis, sanitas e chão, evidenciando falta de manutenção prolongada. Inexplicável e inadmissível. Nem vamos mencionar o estado das casas de banho dos comboios intercidades, para que este texto não fique todo ele a cheirar mal. Sim, a CP até nos dá ótimos descontos (50%) por sermos seniores – bem-bom.  Mas esta companhia – Caminhos de Ferro de Portugal – ainda tem um longo caminho a percorrer até alcançar os padrões das suas congéneres europeias.

Mas agora, para desanuviar, falemos da paisagem. Ou melhor, não. «Porquê?», perguntarão, com toda a razão, pois prometi falar disso! Não é por preguiça, falta de imaginação ou má vontade, nada disso. Simplesmente, prefiro guardar as imagens das ‘paisagens do Vale do Ave’ criadas pelo meu imaginário, em vez de descrever a realidade que nos foi mostrada. Ainda assim, e por dever de consciência, posso dizer que se encontram muitas casas mal implantadas, fábricas abandonadas, campos por amanhar e o próprio rio Ave maltratado. Há muito trabalho a ser feito. E atenção ao amianto que abunda por aquelas paragens.

Finalmente, saímos da estação (nós, os forasteiros) e, ao chegarmos à via pública, olhámos para a esquerda, para a direita e perguntámos: qual será o caminho para o centro da cidade? Sem informações toponímicas visíveis, o turista leva o dedo à boca, humedece-o e levanta o braço, como se procurasse orientação, à semelhança de um catavento. Decidimos ir pela esquerda, um hábito que adquirimos... e que, com a idade, não mudamos. Lá adiante, finalmente, avistámos um letreiro que dizia que o centro ficava no sentido oposto. «Oh, não, assim não vale», exclamámos. Mas a minha mulher, mais atenta, disse: «Olha que não. Essa indicação é para os carros, e ali temos outra placa, mais pequena e meio tapada pelos ramos, mas está lá». Persistente, a tal "direita?" Não. Contudo lá fomos pela direita, e, sob um aguaceiro, percorremos toda a Av. D. Afonso Henriques e chegámos ao Largo do Toural, onde avistámos um mural com a inscrição: «AQUI NASCEU PORTUGAL» – o berço. (Foi nesta terra que, em 1109, nasceu D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal). No ar, o som dos sinos da Igreja de São Pedro, que mais parecia um concerto, ecoava, anunciando o meio-dia. O Largo é lindíssimo, com casas restauradas que remontam ao iluminismo, uma fonte moderna bem enquadrada e a Basílica de São Pedro, de estilo neoclássico, cuja construção começou em 1737 e durou 137 anos – e ainda hoje falta a segunda torre sineira, bem ao estilo português, não acham? Não posso deixar de mencionar a casa de ferragens antigas que ainda parece trabalhar à moda antiga, com forja, martelo e fogo – uma raridade.

Não farei comentários detalhados sobre todos os locais que visitámos, pois, qualquer guia turístico faz isso melhor do que eu. Quero apenas expressar o prazer de ter visitado uma cidade limpa, bem cuidada, acolhedora (até na comida e na forma como é servida), onde se pode passear sem stress e onde as casas, monumentos e até as pedras do pavimento exalam história.

Bem-haja a todos: homens, mulheres e autoridades vimaranenses que mantêm a cidade tão bem preservada sem desvirtuá-la. Digna de uma visita de todos os portugueses e não só. Por tudo isto, ficamos com vontade de voltar.

 

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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

GNR/PSP - OPINIÃO

FORÇAS DA AUTORIDADE - POLÍCIAS

É uma honra pertencer a um País onde as forças de segurança, na manifestação de um direito que lhes é outorgado pela Constituição da República, se manifestam em ordem, com compostura como é, aliás, próprio de um agente de segurança. É, também, isto que estas autoridades nos exigem, a nós cidadãos em geral, quando estão em serviço a acompanhar qualquer manifestação popular. Tudo está bem quando acaba bem (não vale a pena lembrar coisas que no passado foram más), mesmo apesar do ZERO (…). Parabéns, Forças de Segurança de Portugal. É assim que se granjeia o respeito dos portugueses que vocês também reivindicam.

Foi de facto uma grande manifestação. Todos sabemos que estes profissionais, em muitos casos (casos a mais, talvez?), estão mal instalados, muito mal instalados, têm ordenados baixos - nisto nem sequer diferem muito da generalidade dos demais concidadãos -, e que exercem de facto uma profissão de risco; por tudo isto, importa que o Governo olhe com atenção para esta situação (apesar do que já tem vindo a fazer em prol das Instituições de Segurança nos últimos anos), sem demagogia, com coragem e sem pôr em risco "as contas certas" - uma exigência eleitoral da maioria dos portugueses independentemente da opção de voto tida - e faça um esforço para dar respostas a estes trabalhadores.

Não podemos terminar sem uma nota para a comunicação social: mobilizou "forças" meios desproporcionados para dar, há já alguns dias, a informação legítima e 'adequada'. Comunicação social que, tantas vezes, critica os governos de utilizarem 'forças policiais despropositadas' nos mais diversos eventos (às vezes até dava a sensação de que estavam a incitar a que as coisas dessem para o torto, tal o exagero e a impertinência de algumas perguntas). Aqui, como em tantos casos: bem prega Frei Tomás...

Por último, outra nota, desta feita, para a atitude de alguns políticos que agiram como se, no passado recente, não tivessem nada a ver com o assunto! Mas também aqui, os representantes das Associações e Sindicatos dos agentes da autoridade (que são pessoas inteligentes ao contrário do que os 'politiqueiros', que não os políticos, tantas vezes pensam do povo), estiveram à altura e deram-lhes resposta adequada: ao senhor do CDS, uma vaia monumental, fizeram-no meter o rabo entre as pernas e escapulir-se para o canto; ao do Chega (0!?...), a critica merecida pelos representantes dos profissionais da segurança dos portugueses. Não é por os outros terem feito mal no passado (os partidos imiscuírem-se no sindicalismo), que ele agora se pode arrogar no direito de os imitar... Oh!

Parabéns Polícias de Portugal. Que assim procedam nas demais vezes (...), para nos orgulharmos, sempre, de vós.
Foto: Internet


domingo, 10 de novembro de 2019

11 DE NOVEMBRO - DIA DE ANGOLA

Neste dia histórico para Angola, e também para Portugal, é relevante não esquecermos que estes dois povos, unidos pela história, lutaram contra um regime ditatorial, obstinado e cego que se recusou a ler os sinais dos tempos e consequentemente reconhecer - o que o mundo inteiro já havia há muito reconhecido - o direito à Liberdade e Independência dos territórios sob administração portuguesa.

Só o glorioso MFA, em 25 de Abril de 1974, tornou possível abrirmos uma nova página no relacionamento dos povos irmãos.

A atestar a este sentimento, nada melhor do que as palavras do Presidente João Lourenço, proferidas à Agência Lusa, segundo o SAPO 24, no dia 23/03/2019, no Cuíto Cuanavale, aquando de uma cerimónia relacionada com uma batalha, naquela cidade, durante a guerra civil Angolana - de 1975 a 2002 - "Com certeza que não [há ressentimento]. O colonialismo português era um sistema que todos nós combatemos. Os portugueses também o combateram. Não pode haver ressentimento. O que existe é a irmandade e fraternidade entre dois povos, que lutaram contra um inimigo comum", afirmou o chefe de Estado angolano. Palavras sábias que nós subscrevemos e, com este espírito, nos associamos às comemorações da Independência de Angola, há 44 anos.
Imagens: Internet


sábado, 9 de novembro de 2019

ERA UMA VEZ UM MURO... Em jeito de lembrete/ OPINIÃO


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Para que os homens não esqueçam e as consciências se agitem, sempre.

Nestes momentos de abundância que, apesar de tudo, ainda nos faz - a nós europeus - sentir confortáveis  (até quando? Não sabemos) e, por isso, facilmente nos esquecemos dos acontecimentos terríveis por que passaram os nossos avós e os nossos pais: a segunda guerra mundial e as consequências que dela advierem, como por exemplo: para além dos mortos, estropiados, fome, a divisão da Alemanha e, com esta divisão, de alguma forma, a divisão do Mundo e a guerra fria.

A 9 de novembro, há 30 anos, aproveitando um brecha que a perestroika do senhor Gorbachev proporcionou, o povo com picaretas e martelos derrubou o muro da vergonha, em Berlim! As duas Alemanhas reunificaram-se e o Mundo nunca mais foi o mesmo.
Imagem: retirada da Internet

sábado, 26 de outubro de 2019

CATARINA SARMENTO E CASTRO é a nova Sectária de Estados dos Recursos Humanos e dos Antigos Combatentes

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Imagem retirada da Internet
Professora na Faculdade de Direito de Coimbra há 26 anos; foi juíza do Tribunal Constitucional entre 2010 e 2019.
Que Sua Excelência venha em boa-hora e, sobretudo, que ajude a resolver alguns problemas que tanto afligem muitos dos nossos camaradas. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

ABSTENÇÃO

A Assembleia da República, nesta legislatura, deveria discutir profundamente este desligamento do povo relativamente ao voto democrático.

domingo, 13 de outubro de 2019

AJUDAS DO ESTADO/DO POVO, A QUEM SERVEM?/ OPINIÃO

Imagem retirada da Internet
Agora que as catástrofes, provocadas pelos incêndios, já lá vão (O Diabo seja cego, surdo e mudo), e algum tempo passado sorte os eventos, embora nunca se possa esquecer as tragédias de quem perdeu os seus entes queridos e, também, os que viram arder as suas casas ou fábricas, muito embora estes últimos - bens materiais - já vão estando prontos e entregues (casos à parte).

É altura então de se fazer alguma reflexão sobre a questão dos subsídios, apoios do Estado e donativos solidários do povo para ajudar as pessoas a resolverem as situações dolorosas causadas pelas intempéries.

Algumas questões, pertinentes, que as pessoas vão dizendo à boca pequena, mas que não têm coragem de o verbalizar alto e bom som. Não porque sejamos mais corajosos do que os demais, não. Mas por entendermos que o devemos fazer para ficarmos em paz com a nossa consciência.

Indo diretos ao assunto, não nos parece justo que sempre que acontece uma desgraça provocada por uma qualquer intempérie, mais ou menos trágica, os contribuintes tenham que acorrer a ajudar a solucionar os infortunados a (re)construir as suas casas e ou os seus negócios.

Existem, hoje, formas na sociedade para prevenir estas situações físicas - os Seguros.
Pensamos mesmo que todas as pessoas que tenham bens materiais os devam, obrigatoriamente, segurar. O Mundo é assim mesmo e os fenómenos ambientais ocorrem com alguma regularidade.

Se quando fazemos um empréstimo para comprar casa, somos obrigados a fazer um seguro, pergunto: porque razão isto não é obrigatório para todos os proprietários? Desta forma ficaremos todos em igualdade e, melhor, protegidos sem sobrecarregar ninguém.

A esmagadora maioria das pessoas que possuem propriedade, têm posses para custearem o seguro, e as que não têm posses, que serão uma minoria, a essas sim, o Estado pode e deve pagar-lhe o seguro - aqui justifica-se o subsídio -, nos restantes casos, quer seja habitação, agricultura ou indústria, não. Isto é já um choradinho desbragado e irritante.

Então no que à agricultura respeita, até repugna. Se chove, o Governo tem que dar um subsídio; se não chove, ai, ai, o Governo tem que dar um subsídio; se faz calor, o Governo já está atrasado no apoio aos agricultores, venha de lá esse subsídio; se faz vento, ó Primeiro-ministro, então esse subsídio, vem ou não vem? Irra que nunca ouvimos dizer - tivemos uma boa colheita, toma lá ó Governo, desta vez somos nós a dar um subsídio. T’á quieto, toma lá é um manguito, e venha de lá esse subsídio, subsidio, subsidio... Será que não se arranja um subsídio para subsidiar o subsídio?

Há aqui uma desigualdade de tratamento que nos parece injusta. E julgamos não ser procedente virem com o argumento, bem português, de coitadinhos, porque as intempéries não se podem prevenir ou evitar, é a natureza. Mas os danos por elas provocados - as perdas materiais -, ah, essas podem, sim. Pensamos até que, com esta medida - a obrigatoriedade do seguro, como com os veículos -, se acabava com este espetáculo degradante dos chicos-espertos e dos corruptos, criando-lhes aqui uma barreira à sua ganância avarenta e pegajosa.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

RECORDAR A CART 6553/73

FOTO BASTANTE INFORMAL
A CAMBADA JUNTOU-SE PARA A FOTO E FICARAM BEM. POR SEREM TANTOS (E JÁ NÃO ME LEMBRAR DO NOME DE ALGUNS), NÃO LEGENDO NENHUM. SE ALGUÉM COM A MEMÓRIA MAIS FRESCA DO QUE A MINHA OS IDENTIFICAR (A TODOS), CONTACTE-ME QUE POREI A LEGENDA.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

MAIORIA ABSOLUTA... SIM OU NÃO?

QUER OU NÃO TER A MAIORIA ABSOLUTA?


 É esta a grande questão de jornalistas, comentadores e políticos na atualidade.

Porque, por mil diabos, tem um político de pedir que não votem no seu partido? 

Então, não é legítimo que todos os políticos que concorrem a eleições, desejem que a força política a que pertencem recolha o maior número de votos.

De que vale a um político pedir aos eleitores que lhe deem a maioria absoluta? Nada. Absolutamente nada. Pois que só a soma dos votos expressos é que determina se vai haver ou não a maioria absoluta de um partido, ou de vários partidos.

Ainda estamos para ver um político vir a público apelar para que só lhe deem 5, 6, 20 ou 39 por cento dos votos. Isto não faz sentido nenhum. É absurdo. Assim como o é virem, os políticos, a público pedirem para que não se dê a maioria a um determinado partido, é ridículo e contraditório. Amanhã, numa outra conjetura e eleição, irão estar a pedir exatamente que os eleitores lhes deem o maior número de votos ou até mesmo a tal 'maioria absoluta'.

Não entendo a pertinência de tal insistência, não porque não tenha importância um qualquer partido ter ou não maioria absoluta, mas porque quem decide essa questão é o eleitor no momento em que deposita o seu voto na urna.

Esta paranóia, não é à partida estarem a admitir a derrota? Mas se é, o que anda esta gente a fazer na política, ou nos media?

Este tipo de atitudes, a par de outras, faz com que os eleitores se desmotivem e muitos acabem por não exercer o seu direito/dever democrático de votar.

Já agora que falamos em eleições, permitam que façamos um apelo: votem, votemos todos para que uns poucos não decidam por todos nós. É com o voto que o povo tem o verdadeiro poder nas mãos e podemos realmente dizer:  «Quero este e não aquele».

Pois, nós, o povo, é que somos soberanos, e isto, só a Democracia o permite. Vote em quem quiser, mas vote. Vote sempre. 

E quanto à maioria absoluta, sim ou não? A decisão final é sua, ponto final parágrafo.

PS: Este post já havia sido publicado, mas apaguei-o sem querer, assim, e porque continua atualíssimo, volto a colocá-lo. 

sábado, 24 de agosto de 2019

PCP - BEM PREGA FREI TOMÁS...



PCP DESPEDE TRABALHADOR!

Não acredito, ponto parágrafo.

Li - já atrasado, é verdade -, no passado dia 05/06/2019, no SAPO 24 - segundo a Lusa e o ECO, “O PCP foi esta quarta-feira condenado pelo Tribunal de Trabalho de Lisboa a reintegrar o funcionário Miguel Casanova, disse À Lusa fonte ligada ao processo judicial. Segundo a mesma fonte, na sentença considera-se “ilícito o despedimento do trabalhador”, por “não ter havido motivo para o despedimento do posto de trabalho” e “condena-se o réu a reintegrá-lo nas mesmas funções que exercia” antes do conflito laboral.”
Esta medida reporta-se ao acontecido em maio de 2018, mas, só agora, o Tribunal terá proferido a decisão.

Eu li, mas não acreditei que isto tivesse acontecido, voltei ao princípio e reli o texto, e lá estava com todas as letras. Este PCP/Partido Comunista Português, o campeão na defesa dos direitos dos trabalhadores, o Partido da Classe Operária despediu um trabalhador! Mas, a ser verdade, como é possível que nenhum sindicato, partido político ou os grandes comentadores das televisões não tivessem erguido a sua voz, como o fizeram com tanta veemência, olhem, por exemplo, no caso daquela funcionária da corticeira, Cristina Tavares. Ainda se lembram do ruído que os sindicatos, bloquistas e, claro, o PCP fizeram? Mas desta vez e em relação a este trabalhador - Miguel Casanova -, nada nem pio! Será que este trabalhador não é trabalhador? Não terá ele os mesmos direitos que os outros trabalhadores? Ou há trabalhadores de primeira e de segunda? Não sei, e como não sei, gostaria que alguém explicasse este silêncio.

Mas, nem de propósito, como o diabo tem duas mantas, uma que tapa e a outra que destapa, o mesmo Sapo trazia numa coluna ao lado a informação de que “A Corticeira Fernando Couto desistiu de impugnar a multa de 6.120 euros aplicada pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) relativamente à violação de regras de segurança e saúde no trabalho, informou hoje fonte judicial.” E mais à frente diz que “O Tribunal de trabalho da Feira julgou na segunda-feira totalmente improcedente a impugnação judicial da contraordenação instaurada à empresa pela ACT por assédio moral a Cristina Tavares, mantendo a coima de 31.110 euros.” (…). Trago este caso à colação porque enquanto os Sindicatos e o PCP andavam na rua a apoiar esta trabalhadora e bem, em casa, olha, despediram o Casanova, que ironia, não é? Mas pior, o Casanova terá afirmado que o PCP tomou esta atitude por ele discordar “da atual solução política que viabilizou” a “geringonça”! Pois é, mais uma calinada na moral, na ética e nos princípios.

Este silêncio, ensurdecedor, não fará corar de vergonha os sindicatos, partidos e comentadores? Ou eles têm medo de alguma coisa?

No que respeita ao PCP, não há nada que admirar, ele é apenas igual a todos os partidos comunistas do mundo, quando estão numa posição dominante, eles, mandam e bico calado.

É bom que vamos estando atentos e não nos iludamos com os amanhãs que cantam.

PS: é claro que os órgãos de comunicação social noticiaram o caso, mas não é deles que falo, entenda-se.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

SINAIS DOS TEMPOS... SERÁ?

Imagem retirada da Internet
Há certos períodos do tempo em que as coisas parecem estar ao contrário, sim, de cabeça para baixo e de pernas para o ar: a verdade é mentira e a mentira verdade; o bem é o mal e o mal o bem; quem atira a primeira pedra é vitima e quem se defende é agressor; o justo vira injusto e este o seu contrário, enfim, e por aí fora. 



Vem isto a propósito de alguns desconchavos que estão a ocorrer, nestes dias ensolarados e quentes, no nosso cantinho lusitano. 


O líder do PSD, Rui Rio, antes e depois de ter sido eleito, tem sido sistemática e violentamente atacado, não pelos outros partidos, o que seria normal, mas pelos seus próprios pares. Estes têm-se comportado como verdadeiros vilões a tentar fazerem-lhe a 'folha'. Mas, agora que o Líder do partido - PSD - literalmente 'partido' diga-se, tem a oportunidade de escolher a equipa que, com ele, irão fazer oposição ao futuro governo - se não forem eles a formar governo -, o batalhão do bota-abaixo passa através dos media e, até, com a ajuda destes, para a opinião pública que é o líder o vilão. O que é que está mal nesta equação? Não será, pois, justo que a pessoa que tem estado debaixo de um combate político sem tréguas - oposição cerrada -, facas-longas, traições e não sei que mais, não tenha o direito de limpar esta gente e colocar no seu lugar outros que com ele colaborem lealmente? Ou somos nós que estamos a ver o filme ao contrário? Ou fará isto parte dos tempos? (“Traição e rebelião - haverá divisões e lutas até dentro de famílias” Mateus, 24 - estão lembrados?). 

Em época de incêndios, aconselha o bom senso que se fale pouco e atue mais. Mas, não será justo que uma pessoa, mesmo sendo o Ministro I, tendo sido atacado, para não dizer difamado, venha a colação dizer o óbvio - que no que respeita à Proteção Civil, a primeira linha de defesa pertence, conforme a Lei, às Autarquias - limpeza de caminhos, abertura de aceiros, força de combate a incêndios, ativação da Proteção Civil Local, se for caso disso, e só depois da avaliação da gravidade e da impossibilidade de fazer face à ocorrência o Líder desta força, o autarca, solicita a intervenção  da autoridade superior, regional ou distrital e, esta, por sua vez, se entender que não pode, por si, fazer face ao problema, solicita apoio nacional. Bom, é que há uma hierarquia e quem está na base são os autarcas, é assim a Lei. Por tudo isto nos parece - embora o governante deva ter continência verbal - ser, no entanto, compreensível que venha a terreiro - usando os mesmos meios do seu atacante - repor a verdade dos factos. 

Também não entendemos a razão pela qual os jornaleiros (alguns, muitos, demais) e comentadores de pantalha, andem numa azáfama a tentar convencer-nos que o direito não é o ‘direito’, mas sim o avesso. 
Só a opção ideológica justifica este frenesim mediático, feito por profissionais da ‘política’ que, ao invés de serem mediadores da palavra, fazedores da opinião pública, com isenção e rigor, JORNALISTAS, andem neste devaneio. 

O descrédito que hoje o povo tem pelos políticos, será o mesmo, muito em breve, que terão pelos falsos anunciadores, aliás, já hoje se verifica este fenómeno, pois que os media estão em falência ou em vias disso. E a principal razão para o facto é o descrédito. Cada vez mais, as pessoas não compram jornais. 

E no que aos fogos diz respeito, há ainda outro facto que nos admira bastante: não seria melhor atacar e prender os incendiários, ao invés de se andar a atacar os governantes, os autarcas e, o que é pior, os homens: bombeiros, militares da GNR e do Exército que tão abnegadamente dão tudo, às vezes até as suas vidas para nos defenderem e defenderem os nossos bens, das catástrofes que nos flagelam? 

Atençãonós povo, não nos deixemos enganar pelos falsos arautos. Sejamos resilientes e meditemos antes de agir. Mas não fiquemos indiferentes, ajamos sempre com discernimento. 

quarta-feira, 17 de julho de 2019

A RECORDAR O PESSOAL DA CART 6553/73


Da esquerda para a direita: Mário Pinto, Pedro, Manarte e Sousa.
Há coisas que só a juventude consegue fazer: transformar momentos adversos em momentos de alegria, esta é uma delas, como se vê por este rosto sorridente de quem faz 22 anos! Julgamos não nos enganarmos, se dissermos que, aqui, se comemorava o aniversário do Pedro. Que se ergam as taças em brinde - sim, agora somos mais finos, taças e não canecos!!! -, por muitos anos cheios de saúde.
Repomos este post para homenagearmos o nosso camarada Mário Pinto, força amigo, um abraço especial e rápidas melhoras.
PS: se alguém reconhecer o camarada que está de perfil à direita do Mario Pinto, que entre em contacto para incluirmos o seu nome.

sábado, 13 de julho de 2019

CGD, JUMENTAL?

Ele há deliberações que de tão jumentis que são, nos colocam numa situação de letargia mental, incapazes de reagirmos de imediato; estupefactos pelo absurdo de certos anúncios, prenunciados, por gente iluminada lá  do alto da cátedra que lhes foi outorgada em nosso nome, para que, também em seu nome e ao seu serviço - do povo -, façam a governança da coisa pública.

É espantoso como pessoas que depois de terem dado bastas provas de competência na gestão de serviços da coletividade, às tantas se deixem, não sabemos, mas... toldar por ideias absolutistas, talvez inebriadas pelos elogios se convencem de que tudo podem fazer, porque o nosso dever - o do povo - é cumprir com o postulado e é se queremos, porque antes deles foi o desnorte e depois deles será a desgraça. Será assim?


Ora, nas sociedades e, por maioria de razões nas democracias, nada é assim tão imperativo, há sempre uma outra maneira de se resolverem as questões, fazendo com que o sistema expurgue o que é desajustado e reponha a razoabilidade das coisas; e, é também para isto que servem os assessores, conselheiros, advogados de que estes senhores se fazem rodear e que custam fortunas ao contribuinte, então, já que assim é, façam-os trabalhar e, já agora, ouçam-os.


Ouvirmos o anúncio de que a CGD - Banco Público - deixaria de pagar juros, abaixo de um euro, que nos são devidos porque são resultantes do nosso dinheiro, dinheiro que nós pomos neste banco, que é nosso, para exatamente ganharmos juros e, entre outras coisas, o protegermos dos ladrões. É ou não verdade?


Agora, se ouvirmos dizer que o ladrão roubou o banco, enfim, é mau, é triste, porém como já estamos tão habituados, quase não nos choca; mas que o banco que nós ajudámos a criar, onde depositamos o nosso dinheiro, nos rouba, ah! Cidadãos, ficámos chocados, envergonhados, de tão mal que nos sentimos pelo vexame do roubo. Sim, roubo, porque é disso que se trata, alguém que tira algo de outro, está a roubar, ou isto tem outro nome?


O clamor surdo foi de tal ordem que, felizmente, o bom senso acabou por se impor e a razoabilidade voltou ao sistema serenando-nos.


Que os doutos senhores aprendam que não vale tudo e que não tem que ser tudo a qualquer custo. Disse uma vez o Presidente Sampaio que " há mais vida para além do défice" é de dinheiro que estamos a falar, como então.


É sempre bom que quando somos acometidos por uma má ideia, tenhamos a grandeza da humildade e voltemos atrás, pois assim saímos todos a ganhar.

Tudo está bem, quando acaba bem.
Imagem retirada da Internet

domingo, 30 de junho de 2019

CONVÍVIO - SEVER DO VOUGA, 2019

DÉCIMO ENCONTRO ANUAL - 2009/2O19



Em Sever do Vouga, fomos recebidos pelo nosso anfitrião ALEXANDRINO, coadjuvado brilhantemente pelo seu filho VÍTOR.  Eles (toda a família) foram inexcedíveis e de uma eficiência notável. A vós os nossos agradecimentos.

Cascata em Sever do Vouga, retirada da Internet
AS FOTOS DO ACONTECIMENTO

Da esquerda para a direita a família do Alexandrino: O filho Vítor, o neto Francisco, a nora Ana Rita, a filha Patrícia  e  a esposa Silvina; Glória e o seu marido Marinho; e por último o Alexandrino o nosso anfitrião.

Da esquerda para a direita: Hamilton, o que vê acima de todos nós; Pimenta; Roque e Maria Armanda (esposa); Teresa e seu marido Armindo Pinto; Zé Manel e a esposa Ana Maria.




Da esquerda para a direita a família do A. Monteiro com o filho Lucian e esposa Graciosa , Augusto Romeiro e esposa Lucília (cunhado e irmã respetivamente); por último o Santos e a sua esposa Maria Alice.





Da esquerda para a direita os casais: Olímpia e Toninho; Delfim e a esposa Zulmira; e por último o Jorge Silva.                                                                                                                                                              
Da esquerda para a direita: Neves; Matos Silva; Gomes e Capitão (de pé atrás); Luís Miguel, filho do Manarte- à sua direita e por último o Daniel.

Da esquerda para a direita as famílias: Alves e a esposa Fernanda, a filha Sofia e o neto Zé; Miguel, filho do Mário Pinto e da Lúcia; e por último o Manuel Magalhães (o do Porto).


Aqui fica para a posteridade, a família do Mário Pinto, anfitriões no próximo ano, que nos irão receber em FELGUEIRAS, NO DIA 27 DE JUNHO DE 2020 (ÚLTIMO SÁBADO DO MÊS DE JUNHO). Oportunamente dar-se-ão mais notícias. APONTEM JÁ NA AGENDA.

Assinalamos com um grande abraço de satisfação e alegria, a presença, pela primeira vez, das famílias do A. Monteiro e do Mário Pinto. 

Aos que por motivos vários não podarem estar presentes um abraço especial e lá vos esperamos, a todos, no próximo ano.

PS: O José Ribeiro não pode estar presente por motivos profissionais, em França, mas mandou-nos uma foto de quando tínhamos "vintes" para o reconhecermos e um abraço. promete estar no próximo ano.

JOSÉ RIBEIRO

De nós, para ti, companheiro, um abraço com muita saudade.  

quarta-feira, 12 de junho de 2019

AH! AH! AH!

Esta e outras
 ah! ah! ah! mais impudente da elite galardoada de Portugal. Ela define bem a canalhada que, engalanada com as condecorações impostas pelos mais altos magistrados da nação, meteu a mão ao bolso, largo e pródigo, mas pouco cheio, do Zé português. Tenho ganas de despejar sobre eles todo o meu vocabulário de impropérios, mas, como sou do povo e suas senhorias são ricos comendadores, engulo em seco e comporto-me como deve ser.

 Lê-se que ao todo já lá vão 22 mil milhões de euros! Isto que dizer que da minha, pobre algibeira, já voaram dois mil euros! E da sua também.

O que é que um povo espoliado pode querer desta gentalha?

- Que seja posta a trás das grades? É pouco, pois continuamos de bolsos vazios.
- Que sejam achincalhados na praça pública? É pouco, pois eles não têm pinta de vergonha.
- Que sejam deportados? É pouco, pois foi o que eles fizeram ao nosso dinheiro e era juntar a fome com a vontade de comer.
Que o Estado lhes arreste todos os bens, sim, até as peúgas, e os faça trabalhar, por exemplo: na limpeza das matas e na reflorestação do país - todos os dias até cumprirem a pena que lhes é devida (Deus queira que eu não esteja a ser anjinho) - para amealharem e juntarem ao do arresto, e, assim, restituírem algum do que nos devem.

Depois do desabafo, pergunto: como é possível estarmos tão desprotegidos ao ponto de nos deixarmos ficar nas mãos de uns tantos espertalhões sem que ninguém se tenha apercebido? Como é possível que um Estado seja tão vulnerável? Senhores Legisladores, por favor, trabalhem com inteligência e olho aberto daqui para a frente, porque o que lá vai, já foi.

E nós, povo distraído, crente, ingénuo, aprendamos a lição - que a pagámos caro - e sejamos mais exigentes nas escolhas que, a todos os níveis, doravante façamos, para bem de nós e dos nossos futuros.
Imagem: Internet




segunda-feira, 10 de junho de 2019

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Sr. Rio, Sr. Rio!

Agora que a eleições já lá vão, posso, sem qualquer tipo de constrangimento, verter para o “papel” o meu pensamento acerca de assuntos políticos.

Sou compelido, é-me difícil não o fazer, a escrever sobre a maior cambalhota, em dupla, a que já assisti por alguém a que me fui habituando, aos poucos, a respeitar pela sua maneira diferente de fazer política: honesto, verdadeiro, escrupuloso, rigoroso, determinado mesmo quando remava contra a maré, enfim, um homem sério e com ética. E, de repente, olhe só, tudo foi para o espaço! Fez em alguns penosos minutos, o que a maioria dos políticos costuma fazer em anos: igualou-os e até os ultrapassou com a mesma cara de desfaçatez com que a outra Senhora - a que queria ser Primeira-ministra -, alegremente, o acompanhava na arriscadíssima pirueta, e mostraram-se, nas pantalhas, insistindo à exaustão e despudoradamente num disparate a que o país inteiro assistia, sorrindo, sabendo ser o contrário do que diziam. Resultado, olhem o que aconteceu: caíram ambos para os mínimos.

Que, de uma vez por todas, os políticos aprendam que os portugueses não são burros. Irra… já irrita, essa mania que os senhores têm de que nos conseguem enganar sempre que vos apetece.

E sim, basta de disporem da coisa pública como se não tivesse dono. Tem, sim. É do povo. E o povo deu-vos um sinal de que está atento e farto de bancas-rotas. Já lá vão três em 45 anos! Chega, basta, não queremos mais.

Aprendam, gente.

Imagem retirada da Internet

   

segunda-feira, 1 de abril de 2019

FUNDAÇÃO DO SONGO -ABRIL!

EM JEITO DE HOMENAGEM AO PIONEIRO E FUNDADOR DO SONGO

Porque foi no mês de abril (não há registo do dia) de 1921, que um jovem ambicioso, determinado, corajoso e trabalhador se fez ao caminho (calcula-se que na companhia de alguns autóctones por si contratados para o ajudarem) por entre matas e estepes, atravessando montes, vales, rios e ribeiros e chegou, já muito depois da hora do almoço, a um planalto para lá da Serra do Uíge, junto a um Rio que nascia um pouco mais a cima, num lago que se formava da água que brotava da terra. Olhou à sua volta e na imensidão de terra plana não havia viva alma nem nenhuma edificação, apenas capim e alguma vegetação. Decidiu que seria ali que ele iria viver. Deitou de imediato mãos à obra (literalmente), pois abril era tempo de chuvas ainda e urgia ter abrigo; e com a ajuda dos homens que havia contratado, por volta das dez horas do dia seguinte já tinha construído a casa onde se abrigar e guardar a mercadoria que transportava consigo. Estava no Reino do Congo, bem ao norte de Angola. Este homem era ANTÓNIO CORDEIRO DE OLIVEIRA, que assim se tornara, há 99 anos, pioneiro e fundador do SONGO, lugar que batizara com o nome do Rio Songo que lhe regava as terras e matava a sede.

Este homem, com os predicados que se lhe apontam, era bem o retrato dos milhares de outros que se aventuraram em terras de Angola e com os indígenas fizeram um país imenso que vai de Cabinda ao Cunene. Aliás, como o afirmou o próprio quando lhe quiseram fazer uma estátua, ele não a aceitou e, em alternativa, propôs que se fizesse antes um monumento aos Pioneiros do Songo de várias raças, como acabou por ser feito e ainda se perpetua no lugar onde foi edificado.


A primeira casa de António Cordeiro de Oliveira, terá sido muito parecida com esta que retirei da Internet. (casa de pau a pique). Não, não estou a brincar, é um estilo de casa africana.

Às gentes desta terra, aqui fica um poema do Cancioneiro Popular do Songo:

" Pequenina e graciosa                                 (Songo)
A linda vila do Songo
É mesmo um botão de rosa
Neste jardim, que é o Congo.

Trabalhemos juntos                                        (Refrão)
De alma e coração
Somos o orgulho
Da circunscrição.

Diziam que eu era pobre                                (Bembe)
Em tempos que já lá vão
Mas, afinal, tenho cobre
Mesmo debaixo do chão.
Trabalhemos juntos...                                      (Refrão)

Muito alta e sobranceira                                  (Serra da Canda)
Vejo o Uíge e vejo o Songo
Dou passagem p'ra fronteira
Sou o flagelo do Congo.

Trabalhemos juntos...                                      (Refrão)

Muitas vacas, muitas vacas                             (Toto)
Com um Cid Adão por pastor
Tenho água e tenho luz
A atestar o meu valor.

Trabalhemos juntos...                                      (Refrão)

Tenho saudades do passado                             (Ambriz)
Em que eu fui um primor
E o Mestre António, coitado,
É que foi meu fundador.

Trabalhemos juntos...                                      (Refrão)

Hoje o café deu o pio                                      (Angola e a crise dos anos 1930)
E eu ando a piar também
O que eu fui e o que eu sou,
Só Deus sabe e mais ninguém!

Trabalhemos juntos...                                      (Refrão)

Leve p'ra bem longe o demónio,
Esta crise do dialho
E diz agora o Mestre António:
«Mas p´ra que foi tanto travalho!»"
(Autor desconhecido)

Dados, poema e fotos retirados do livro "ANGOLA/Colonização Descolonização" de Fernando Paula Vicente - Major General.

PENSAMENTO

  “É O COMER QUE FAZ A FOME.   É O CORAÇÃO QUE FAZ O CARÁTER”                    Eça de Queiroz  Imagem: Internet